Coluna da Maga
Magali Moraes escreve sobre o lixo que não vai pro lugar certo
Só eu fico irritada quando abro o lixinho do banheiro e encontro um talo de maçã? Não que eu espere achar maravilhas ali dentro, mas quebra a expectativa. Sem algumas regras básicas, imagina o que posso encontrar no lixo da cozinha, qualquer dia desses. Em vez de dar os parabéns pra quem finalmente comeu uma fruta, nessas horas eu me pergunto qual foi o motivo de não caminhar até o lixo certo e jogar lá o esqueleto da maçã. Um tremor de terra? O apocalipse? Preguiça, isso sim!
Embalagem de chocolate combina com lixinho do banheiro? Não! Vou abrir uma exceção pra um inocente papel amassado de Bis. Só porque é pequeninho. O problema é se a moda pega. Daí eu encontro uma caixa vazia de bombons no lixinho! Se as embalagens pudessem falar, garanto que pediriam pra ir pro lixo seco. Pense num xampu tamanho família que já fez tanta espuma cheirosa pra você. Ele não merece terminar seus dias com metade do corpo pra fora do lixinho do banheiro. Como o próprio diminutivo diz, existe uma limitação de espaço.
Lata vazia
Todo mundo tem dúvidas sobre lixo seco e orgânico. Eu mesma nunca sei se jogo o pote de iogurte no seco (porque é de plástico) ou no orgânico (porque tá lambuzado de iogurte e lavar gasta a água do Planeta). Embalagem de pizza engraxada num cantinho também é um dilema. Que papelão não saber o que fazer! Precisamos ter algumas certezas na vida, e aqui vai uma: o lixinho do banheiro nasceu pro papel higiênico e vice-versa.
Em países civilizados, reciclagem é um assunto tão sério que dá multa se a pessoa for pega colocando objetos no lixo errado. Certos eles! E completamente equivocada a guria que eu vi jogar de propósito na rua uma lata vazia de cerveja. Faltou educação e respeito com os outros. Custa carregar até a lixeira mais próxima? Essa coluna termina com um apelo. Ajude o lixo nosso de cada dia a encontrar o lugar certo pra dar o último suspiro.