Nunca se viu tantas notícias fervilhando sobre esquemas de fraudes investigadas. O desvario para tirar vantagem patrola tudo e todos pelo caminho: vai do circo político, repleto de maracutaias e negociações escusas para tirar bilhões dos cofres públicos que poderiam ser destinados à saúde e educação, e chega até nossas mesas.

Já não é possível se alimentar sem desconfiar do que tem no prato – carne com papelão ou vegetais com agrotóxicos. Pra beber, vai um leitinho?

E, aí, você se pergunta: ainda dá para acreditar no Brasil? Não só dá, como é nosso dever manter a fé de que, uma hora, esse jogo vai virar. Nunca se assistiu a tantos esquemas de corrupção desbaratados, porque nunca se trabalhou tanto pela transformação do país.

O momento é de limpeza, manja faxina pesada? Mas é claro que, de uma casa que não é limpa há anos, vão sair cobras e lagartos na primeira, na segunda e na décima baldada.

Ainda comparando o Brasil a uma casa, uma reforma profunda não se faz sem quebrar paredes, tirar fora o que não se sustenta mais. E, se for preciso, "bora" reconstruir todos os alicerces.

E você?

Muita coisa ainda nos decepciona no país, é verdade. No entanto, houve um tempo em que tudo era escamoteado, e nada disso a que assistimos agora vinha à tona. Ao mesmo tempo, a corrupção já acontecia, pode ter certeza disto. Os tempos são de regeneração.

E você: está disposto a se reformar também? Não estou me referindo ao discurso politicamente correto de cartazinho cheio de frases prontas para os amigos curtirem na sua rede social. Falo nas ações do dia a dia, quando ainda se joga lixo onde não deve, ou se tenta tirar vantagem em cima dos outros.

A mudança tem que ser macro. Porém, começa no micro, no eu, tu, ele. Só depois disto, podemos falar de nós, vós, eles.