Papo reto
Manoel Soares quer saber que tipo de pessoa é você: Zé Povinho, Zé Pequeno ou Zé-Ninguém?
Colunista faz reflexão sobre os diferentes tipos de personalidades que formam a sociedade
O que não falta nessa vida é Zé, de todos os tipos. Tem o Zé Pequeno, que esquece que, assim como no filme, o reinado do crime dura pouco e o fim é trágico. O Zé Mané não sabe ouvir os recados da vida. Geralmente, fala demais e toma choque toda hora. O Zé Bonitinho, volta e meia, acredita que o mundo está a serviço de sua beleza. Esse tipo, na intimidade, beija o espelho e se atrapalha quando o assunto é amor-próprio.
O Zé do Caroço, como cantava Leci Brandão, está pela luta do bem comum. Todos os dias, pensa em formas de melhorar a comunidade. É um líder natural que não se conforma com injustiças, por isso, sofre quando chega o Zé Povinho. Esse é “zoião”, não pode ver ninguém bem que já tem uma crítica a fazer. É fácil reconhecer esse tipo: quando você estiver com algo novo e alguém vier com um olho do tamanho de um hambúrguer, é ele!
Identifique-se
O último é o Zé Batalha, o mais nobre e comum. Acredita que nada de bom vem depois das 8h. Ama tudo que tem, mesmo não tendo tudo que ama, e entende que nada que não venha do seu suor vale a pena. Leva uma vida simples, mas com a consciência tranquila.
Muitos desses Zés têm outros nomes, e, com certeza, você se lembrou de alguns. Mais importante do que reconhecer quem são é saber que tipo de Zé nós somos, porque quem não sabe que Zé é, no fundo, é um Zé-Ninguém. E esse, talvez, seja o pior tipo que existe, pois ainda não achou a sua razão de existir.