Dia de compras
Black Friday: TVs e celulares são os itens mais procurados nas lojas da Capital
Itens mais baratos também fizeram sucesso entre os consumidores
O Centro de Porto Alegre acordou cedo para a Black Friday. Desde as 7h, o comércio nas áreas de maior circulação ergueu as portas já produzido para o dia de ofertas, nesta sexta-feira (24): lonas pretas nas fachadas, balões coloridos e cartazes gigantes anunciando descontos. Só quem demorou a aparecer foram os clientes.
Diferentemente do ano passado, quando algumas filas se formaram diante de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, neste ano, os consumidores foram chegando aos poucos, comparando preços com cautela e deixando pra fechar o negócio ao longo do dia. Só na metade da manhã, conforme as pessoas tomavam o rumo do seu trabalho, as lojas realmente começaram a lotar.
– Aproveitamos pra comprar um monte de coisas que estávamos precisando antes de começar no serviço – diz a analista contábil Andreia Rauber, 39 anos.
Ela levava sacolas abarrotadas de itens de higiene e limpeza que estavam em promoção em uma loja na Rua Doutor Flores. Ao lado da colega Gissele Souza, calculava ter gasto R$ 435.
Valeu a pena
Quem vinha pesquisando preços há mais tempo não teve muitas dúvidas. Bruno Marcelo, 20 anos, saiu de casa às 5h para tomar um ônibus até o Centro e comprar sua Smart TV de 32 polegadas. A oferta era boa, garante: de R$ 1.699, havia baixado para R$ 1.099.
– Venho guardando dinheiro há três meses pra comprar essa TV, e o preço realmente é bem mais baixo do que todos que tinha visto desde então – disse ele.
As TVs, ao lado de smartphones, estiveram entre os itens mais procurados no comércio, conforme os lojistas. Além da antiga paixonite do brasileiro pelas telas, outro fator colabora: a proximidade do início do desligamento do sinal analógico, em janeiro de 2018, que deixará sem transmissão quem não tiver uma TV com conversor digital.
– Esperamos vender pelo menos 100 unidades ao longo do dia – projetava Ricardo Silva Couto, vendedor da Colombo na Avenida Azenha.
Crescimento de vendas
Mas não apenas de grandes negócios foi feita a Black Friday. O chamariz de muitas lojas foram itens simples como cafeteiras, batedeiras, panelas e secadores de cabelos. Para a pensionista Carmem Silva, 61 anos, foi a chance de finalmente achar um preço melhor para um forno elétrico que namorava há semanas.
– Paguei R$ 199 por um forno que cheguei a ver por R$ 400. Final de semana tem carne assada pra toda família lá em casa – brincou.
A diversidade de lojas que aderiram à data e o interesse da população em buscar descontos em meio à crise econômica devem viabilizar o volume de vendas projetado pelo Sindilojas de crescer 9% em relação à data no ano passado, explica Paulo Kruse, presidente da entidade:
– Até o início da tarde, os relatos dos lojistas estavam sendo bem positivos. O comércio de rua teve bom movimento durante o dia, e os shoppings possivelmente lotarão no final de tarde, trazendo bons negócios a vários perfis de lojas.