Ataque a carro-forte
"O bandido se rendeu", relata homem que foi surpreendido por criminosos enquanto trabalhava na Serra
Fuga do bando foi frustrada por barreira montada pela BM no Vale dos Vinhedos
A fuga dos assaltantes que atacaram um carro-forte na BR-470, na manhã desta terça-feira, foi frustada por uma barreira policial montada pela Brigada Militar na ERS-444, no Vale dos Vinhedos, ainda em Bento Gonçalves. Após troca de tiros, dois bandidos foram presos e um conseguiu fugir a pé - mais tarde ele foi capturado. Ele ultrapassou o limite com Monte Belo do Sul e invadiu a primeira residência que avistou.
Armado e desesperado, o assaltante rendeu uma mulher de 29 anos, que é atendente em uma transportadora de Bento Gonçalves e passava as férias na casa dos pais. A mãe dela também estava em casa, mas levou um susto e desmaiou ao avistar o criminoso. A idosa foi deixada na cozinha e a refém foi levada para a garagem.
— Ele não pediu nada, só fez a minha irmã refém. Ela foi agredida com uma cotovelada e (o criminoso) ameaçou matar o nosso cachorro porque ele não parava de latir. Nenhum tiro foi disparado e o bandido se rendeu diante de todo aparato policial, inclusive com os dois helicópteros sobrevoando a região — relata o produtor rural Cleber Brandalise, que trabalhava na lavoura quando os criminosos chegaram.
A refém foi libertada por volta das 12h30min, após mais de uma hora de negociação entre a BM e o assaltante. No restante da tarde desta terça-feira, a propriedade da família Brandalise serve de base para a movimentação policial na região.
A BM, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Civil realizam buscas para capturar outros membros do bando. Outra precaução policial é quanto a um automóvel dos bandidos, que estava carregado com explosivos. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da BM foi acionado para verificar se havia risco de explosão e o trânsito segue bloqueado no acesso a Monte Belo do Sul.
A estimativa é que o bando seja integrado por oito assaltantes. Ou seja, cinco estariam foragidos até o momento. O receio é que eles possam estar escondidos na mata esperando anoitecer para conseguir reféns e um novo automóvel para fugir.