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Coluna da Maga

Magali Moraes e as mulheres guerreiras

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

07/03/2018 - 10h00min


  

Miguel Neves / Divulgação

Leitoras queridas, se eu perguntar a todas vocês quem se considera guerreira, garanto que a maioria vai levantar a mão. Cada uma com diferentes motivos pra lutar e histórias de superação que renderiam várias colunas. Mulheres que não se consideram guerreiras é porque ainda não descobriram a força que vem lá de dentro quando a gente mais precisa. Muda a idade, a cidade, a vontade, e lá estamos nós (de faca entre os dentes) protegendo nosso território, nossos sonhos e quem a gente ama. 

Ser guerreira é se reinventar e nunca desistir. É botar os nossos medos pra correr. É perceber que esses clichês são reais. Mas que guerra é essa que desperta o nosso lado mais forte? O dia a dia, cheio de provações. O destino, que arma pegadinhas. As escolhas que a vida nos obriga a fazer. Às vezes, o território inimigo é dentro de casa. Um relacionamento abusivo. O espelho que derruba a autoestima (jogue uma granada nele). Um trabalho insano ou a falta dele. Os estudos adiados que impedem voos maiores. 

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Empatia

Conseguir vencer a rotina já é uma batalha e tanto. Quem disse que a gente precisa lutar sozinha? Uma guerreira de verdade ajuda a fortalecer outras mulheres. Encoraja, ensina, ouve, apoia, dá colo. Sabemos usar como ninguém aquela arma secreta chamada empatia, lembra? Só não acredite mais no papo furado de que mulheres vivem competindo e querem se derrubar. Foi-se o tempo. Vamos mostrar que é justamente o contrário. Ao menor sinal de derrota, uma amiga nos estende a mão.

Amanhã é o Dia das Guerreiras. Homenagens são legais, mas ainda tem muito chão pela frente até poder comemorar. A violência doméstica e o feminicídio são uma vergonha nacional. Mulheres continuam sendo abusadas e estupradas. Ganham menos que os homens e ocupam menos cargos de chefia. Menininhas crescem aprendendo a ter medo. Só tem uma coisa mais poderosa do que ser guerreira. É sermos muitas! Que seja sempre 8 de março entre nós.     



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