Coluna da Maga
Magali Moraes e a difícil arte de criar nomes
Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Ô, tarefa complicada! Escolher nomes de filhos é uma mistura de alegria e tensão. E se, no futuro, eles odiarem? Alguns pais conseguem decidir rapidinho, outros passam nove meses em dúvida. No colégio, um apelido bobo pode pegar, e adeus nome carinhosamente escolhido. É muita responsabilidade. E tudo nos influencia. Se conhecemos uma pessoa querida com um nome lindo, copiamos até sem querer. O contrário também acontece. Chatos acabam transferindo a sua chatice para seus nomes, por mais bonitos que possam ser. Risque agora mesmo essas opções da lista.
Hoje, tem que ser criativo até pra inventar nome de grupo no Whatsapp (senão ninguém lê). E na publicidade, então? Criar nomes é um dos trabalhos mais ingratos. Seja de produto, novo serviço ou empreendimento imobiliário. Precisamos fazer listas imensas, que serão recriadas até o limite da nossa paciência. Haja boa vontade. Parece que tudo já foi pensado e registrado. Os critérios de aprovação são subjetivos. Geralmente cai no gosto pessoal.
Placa
E nomes de ruas? Você presta atenção neles? Isso quando a gente acha placa com o nome. Alguns são genéricos demais, como Rua da Igreja. Nomes de personalidades geram desconfiança. Nem sempre sabemos o que o cidadão fez pra merecer a homenagem. E quantas mulheres importantes na História não tiveram o privilégio de nomear ruas por causa do machismo? Melhor pensar em quem mora na Travessa da Saúde, em Porto Alegre. Que esse endereço inspire vida longa.
Lembrei das cidades com nomes engraçados. O que dizer de Pintópolis, em Minas Gerais? E Ressaquinha, outra pérola mineira? No Rio Grande do Norte existe Passa e Fica. Nosso Estado não fica atrás. Se você está em Sério, apenas 143km te separam de Feliz. É a mesma distância de Espumoso a Encantado (adoro!!). E ainda tem Chuvisca, Não-me-Toque, Anta Gorda, Travesseiro e Formigueiro. Você conhece algum nome curioso de rua, cidade ou pessoa? Conta aí.