Que tipo de homens nossos filhos serão é um dos grandes dilemas do pai de hoje. Aquele estilo valentão que "pega" a filha de todo mundo não é mais a definição de vencedor. Aliás, muitas destas concepções são consideradas, hoje, defeito de caráter. Mas se não podemos criar as novas gerações nos padrões sociais em que fomos criados, de onde tiraremos a base desta criação?
A verdade é que, nós pais, temos que nos atualizar. Assim como possuir um escravo, um dia, foi normal e, depois, a sociedade teve que aprender que isso era errado, a maneira como nós homens nos portamos hoje também será considerada absurda um dia. O mundo não é mais como nos anos de 1990, houve evoluções, e nós precisamos reconhecer e preparar nossos filhos para elas. Alguns vão bater no peito e dizer que são da moda antiga e tal, mas lembrem-se de que os dinossauros foram extintos por não evoluir.
No cardápio antigo de ser homem, está ensinar os filhos a olhar e mexer com mulheres na rua, gritar com a mãe na frente de outros, fazer comentários sexuais direcionados a mulheres seminuas na televisão ou nas redes sociais, exigir dele que retenha sentimentos por ser homem e por aí vai. Essas são algumas das formas de sabotarmos nossos filhos, empurrarmos eles para o fim da fila da evolução humana quando nossa ignorância não nos permite reconhecer que a pegada hoje é outra.
Honestidade, ética e afeto não desaparecem por seu filho não ser mais o "machão", pelo contrário, até se ampliam, mas não podemos dar a eles como herança nossos medos e preconceitos.