Prevenção
Porto Alegre passa a ter 42 bairros com monitoramento do mosquito Aedes aegypti
Dados são atualizados na página Onde Está o Aedes
Agentes da Vigilância em Saúde de Porto Alegre estão iniciando, nesta segunda-feira (21), a instalação de 72 armadilhas no bairro Rubem Berta, na zona norte, para o monitoramento da presença do mosquito Aedes aegypti na Capital. Com isso, o município chega a 1.218 armadilhas e 42 bairros com o monitoramento do mosquito, por meio do Sistema de Monitoramento Inteligente do Aedes (MI Aedes). Os dados são atualizados semanalmente na página Onde Está o Aedes, mantida pela prefeitura.
O trabalho de instalação das armadilhas deve levar alguns dias, já que os agentes precisam da permissão dos moradores para colocar os equipamentos dentro dos terrenos. Cada armadilha simula uma espécie de criadouro que atrai o mosquito – quando a fêmea do Aedes tenta entrar, fica presa em uma fita. Semanalmente, os agentes vão até o local e verificam quantos mosquitos foram capturados.
Os agentes visitam as armadilhas de segunda a sexta-feira de cada semana. A atualização é feita por celular e colocada no mapa de monitoramento, a partir da localização pelo Google Maps. O sinal verde indica que não há capturas; o sinal amarelo, que houve apenas uma captura; o sinal laranja indica duas capturas; e o sinal vermelho, que houve três ou mais. O objetivo é fazer com que os moradores da Capital tenham o hábito de monitorar o seu bairro.
— A informação é atualizada a cada cinco minutos e semanalmente, o que dá um parecer da situação de risco da cidade. Com o site, queremos que as pessoas se acostumem a ver como está a circulação do vírus, criando uma consciência de que a prevenção é um trabalho de todos. O frio ajuda a diminuir a circulação do Aedes, mas o monitoramento é importante — explica o veterinário da Vigilância em Saúde Luiz Felippe Kunz Junior.
Todo o município é considerado infestado pelo Aedes aegypti, mas os agentes seguem critérios para a aplicação das armadilhas, como o bairro ter registrado casos de dengue ou ter histórico de infestação larvária. A partir da captura dos mosquitos, os agentes realizam aplicação de inseticida nas regiões para evitar a circulação do vírus – o Aedes transmite dengue, febre amarela, zika vírus e chikugunya.
— Na área urbana da Capital, o Aedes aegypti é o mosquito mais comum, mais até do que as nossas espécies nativas, já que se prolifera rapidamente. Neste ano, tivemos poucos casos, mas é importante seguirmos com este trabalho. A ideia é expandir, aos poucos, o monitoramento para outros bairros — detalha Kunz.
Em 2018, Porto Alegre registrou dois casos de dengue e um de febre amarela, todos importados.
Bairros com monitoramento
Aparício Borges, Azenha, Boa Vista, Bom Jesus, Cavalhada, Chácara das Pedras, Cidade Baixa, Costa e Silva, Cristo Redentor, Farrapos, Farroupilha, Glória, Higienópolis, Ipanema, Jardim Botânico, Jardim Carvalho, Jardim do Salso, Jardim Itu, Jardim Leopoldina, Jardim Sabará, Mário Quintana, Medianeira, Menino Deus, Nonoai, Parque Santa Fé, Partenon, Passo d’Areia, Passo das Pedras, Petrópolis, Restinga, Rubem Berta, Santa Teresa, Santana, Santo Antônio, São José, Sarandi, Teresópolis, Três Figueiras, Vila Ipiranga, Vila Jardim, Vila João Pessoa, Vila Nova.