Tô procurando e não achei. Talvez ele surja aos 42 minutos do segundo tempo. No Brasil, tudo é possível. Essa semana vi bandeiras enormes penduradas numa esquina e me deu um arrepio do mesmo tamanho. Na mesma hora, lembrei do pessoal que pede intervenção militar. Socorro! Nem associei com a Seleção. Aí olhei melhor e vi umas camisetas penduradas. Ah, tá. A Copa. Acho que a venda não vai aquecer tão cedo. Cadê a decoração nas janelas e carros? As vuvuzelas? A maquiagem verde e amarela? 

Amanhã começam os jogos, e ninguém parece muito animado. O álbum da Copa engajou mais ou é impressão minha? Confesso que, até agora, a única coisa que acompanhei nas redes sociais foi a musa Sandra Annenberg chegando em Moscou. A alegria dela é contagiante. No mais, tô tentando entrar no clima. Com a TV desligada, que é o meu jeitinho de ser. Mas eu não sou parâmetro de nada que envolva futebol. Tenho três homens em casa, e nem eles estão empolgados. Isso é preocupante.

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Cachecóis 

Antigamente, eu tropeçava em bolas de futebol por toda parte e tomava vaias sempre que tentava chutar a gol. Daquele tempo, sobraram algumas camisetas de seleções socadas na gaveta. E cachecóis de times que já tiveram seus dias de glória na família. Hoje, só servem pra acumular poeira. Lembrei da Renata Vasconcellos, outra jornalista que adoro. A Fernanda Gentil. E a Glenda Kozlowski, que embarcou junto com a Sandra. Será que essa mulherada poderosa vai me ajudar a entrar no clima? 

Tô mais interessada nas cidades onde acontecem os jogos. Moscou, São Petersburgo, Caliningrado, Kazan, Volgogrado, Ecaterimburgo… peraí. A coluna não pode terminar nessa desmotivação futebolística. AMANHÃ COMEÇA A COPA!!! Vou ali fazer embaixadinhas. Pintar as unhas de verde-bandeira. Preparar lanches patrióticos. Abrir o álbum e decorar os nomes dos jogadores. Chega do eterno 7x1. Vem, Hexa! Haaaaja coração!! Que o país do futebol nos anime um pouquinho.