Coluna da Maga
Magali Moraes e um pequeno questionário do cotidiano
Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Imagine quantas perguntas andam soltas por aí. Nas ruas, dentro das casas e elevadores, nos esperando nas esquinas, perdidas em nossos pensamentos. Pra algumas, a gente tem a resposta na ponta da língua. Já outras são um eterno ponto de interrogação. Essas perguntas surgem em pleno silêncio ou no meio do agito. Podem ficar martelando na nossa cabeça ou sumirem na mesma velocidade que apareceram. Se existem respostas certas e erradas? Boa pergunta!
Cada um de nós vai responder diferente aos questionamentos. Na verdade, quem responde é nossa história de vida. O contexto em que vivemos. A personalidade que temos. Uma coisa é fato: o cotidiano é um gerador de perguntas. É como se ele estivesse nos questionando o tempo inteiro. Vou te dar exemplos. Mas você não precisa responder. Aliás, o termo "pergunta retórica" é exatamente isso. A intenção é nos fazer pensar sobre algo, sem necessidade de resposta. Vamos lá!
Tirar
É mais saudável tirar o sal da comida ou o adoçante do café? A gente se realiza mais tirando o nome do SPC ou os planos do papel? O que é mais desafiador: tirar o carro de uma vaga apertada ou a Super Bonder colada nos dedos? É mais difícil tirar a sobremesa do almoço ou a preguiça do corpo? Relaxa mais tirar um dia livre na semana ou uma hora de folga por dia? Demora mais tirar a mancha da roupa ou a mancha roxa da pele? É melhor tirar a gordura da carne ou a carne do cardápio?
Dá pra simplificar esse questionário ou até as perguntas simples podem ser complicadas de responder? Preciso dizer sim quando tenho vontade de dizer não? Consigo delegar tarefas pra não me sobrecarregar? Posso confiar em quem desconfia de mim? Empresto dinheiro mesmo duvidando que receberei de volta? Falo o que penso ou o que esperam ouvir de mim? Aproveito essa última sexta de setembro ou reclamo que o tempo passa rápido? Ainda tenho espaço aqui na coluna pra fazer perguntas ou por hoje chega? Bom fíndi!