Semana passada, uma baleia foi encontrada morta na Indonésia com seis quilos de plástico no estômago. A coitada comeu chinelos, garrafas, sacos, copos e 19 peças rígidas (metade de uma bacia!!). Viu essa notícia? Ou nem ligou porque aconteceu na Indonésia, e não aqui perto? Nas nossas praias, dá pra catar mais lixo do que conchinhas. Tem sacola plástica boiando nos lagos dos parques. Na internet é revoltante ver inúmeras fotos de plástico dentro de tartarugas, aves e animais marinhos. 

Que baita oportunidade de repensar o lixo que todos nós produzimos, e onde ele vai parar. Lembra que já escrevi sobre os malditos canudos plásticos, achados até em nariz de tartaruga? Mas a coluna de hoje não é só tristeza. É sobre como a arte pode virar o jogo e ensinar as crianças a cuidarem melhor do planeta. Pra que outras baleias não morram viradas em latas de lixo. Meus leitores amados, tem um cara que vocês precisam conhecer. É o escultor e pintor gaúcho Ubiratan Fernandes, o querido Bira. 

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Tampinhas

Ele se preocupa tanto com o lixo maltratando a vida marinha que criou o Projeto Tampart. Por causa dessa ideia, milhares de tampinhas de garrafas pet agora se tornam arte nas mãos de crianças em escolas públicas e privadas. É tipo assim o Junte e Ganhe do DG. Em vez de selinhos, a gurizada junta tampinhas. E ganha do Bira uma verdadeira aula sobre educação ambiental. A oficina trabalha os "4 Rs": Reduzir, Reciclar, Reutilizar e Respeitar a natureza. É aprendizado pra toda a família. 

Talvez você lembre de uma onda gigante de mar, feita com 125 mil tampinhas de garrafas plásticas, exposta em 2015 na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Obra do Tampart pra nos conscientizar. Professores e diretores de escolas: bora convidar o Bira pra fazer esse trabalho lindo com muito mais crianças! O verão tá chegando, e nossas praias não aguentam mais acumular lixo. Que as baleias só se alimentem de peixes. Que os humanos sejam gente.