Alguns são redondinhos, amanhecem fresquinhos, terminam levinhos. Parece que tudo dá certo. As tarefas que estavam programadas simplesmente acontecem. Nada sai dos eixos, pelo contrário. As horas passam com leveza. O sol brilha, um vento suave balança a copa das árvores, a rotina flui gostosa. Se surgir um imprevisto, logo se resolve. Eu amo dias assim, que nos tratam bem. Que são feitos de nada em especial, mas de momentinhos bons. Onde até o médico atende na hora.

Em compensação, tem outros dias que são pontiagudos. Espetam. Incomodam. Começam chatos e vão embora sem deixar nenhuma lembrança decente pra guardar. São aqueles dias que nos tiram do sério, e nem sabemos o porquê. A comida desce atravessada. A cabeça pesa. Tudo irrita. As nuvens estão carregadas no céu ou dentro da gente. O relógio segura os ponteiros. A ansiedade corre solta. Se o dia redondinho é como um tapete macio, o dia pesadão é pano de chão (dos encardidos e esfiapados). 

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Notícia boa

E tem o Dia Patinho Feio que se torna Dia Cisne. Ele seria ruim, mas engrandece. Se chover, abre sol. Acordou de mau humor? Alguma gargalhada vai acabar com o drama. É o dia que nasceu pra ser apagado, e brilha inesperadamente. O que era monótono vira legal. A tensão vai embora. O arroz fica no ponto certo. Alguém elogia do nada. Encontramos uma amiga querida, sem combinar. Chega notícia boa pelo Whats. Se estamos andando cabisbaixos na rua, o que é aquilo… uma nota de 10 pilas!! 

Vou te contar um segredo. Os dias nascem do jeito que quiserem. A gente sempre pode tirar algo bacana deles. Bora mudar a maneira de encarar as coisas? Otimistas me entenderão. Os dias precisam da gente pra acontecer. Ou então vão ser apenas horas desperdiçadas. Como será o seu dia hoje? Tomara que essa coluna te ajude a sorrir, a pensar positivo, a demonstrar afeto, a fazer gentilezas, a enxergar com outros olhos essa quarta-feira. Dá uma chance pra ela, vai.