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Coluna da Maga

Magali Moraes: tem novidade nas ruas

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

11/01/2019 - 10h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Ano novo, táxis novos e placas novas! Quem mora em Porto Alegre já deve ter reparado nos táxis brancos circulando por aí. De vermelho, só as faixas laterais. Eles chamam a atenção principalmente nas filas dos pontos, estacionados junto à frota ainda na cor tradicional. A mudança vale desde o ano passado, quando foi criada uma categoria comum de táxis. Mas parece que agora dá pra perceber melhor a novidade nas ruas. Muda a paisagem. Leva algum tempo pra gente acostumar.

Por mais que o vermelho-ibérico continue sendo a cor oficial da categoria executiva, eu imagino que a grande maioria dos táxis vá trocar pro branco. Nada contra mudanças. Aquele tom alaranjado é um clássico porto-alegrense. Tem mais personalidade. E ajuda a turma com problemas de visão a identificar de longe um táxi. Em Nova York e Rio de Janeiro, a cor símbolo é amarelo. Em Londres, preto. Em Buenos Aires, preto e amarelo. Nem precisa ir longe. Nossos ônibus também mudaram de cor.

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Mercosul

Outra mudança são as placas no padrão Mercosul. Tenho observado vários carros já com a novidade. Taí uma mudança difícil de engolir. Perdemos os nomes das cidades e estados! Era a minha distração preferida. Quantas localidades diferentes eu descobri com o hábito de ler os nomes das placas. Agora Brasil é o único endereço visível (mais detalhes, só no chip e código QR Code). Vai facilitar a identificação de carros roubados e clonados nos países hermanos. Mas lá se foi a empatia no trânsito.

Explico. É mais fácil tolerar as barbeiragens de carros com placas de fora. Esses dias, alguém de Mariana Pimentel-RS cortou a minha frente. Engoli a raiva e perdoei: "Não é daqui." Daí fiquei imaginando onde no mapa fica esse simpático lugar. Uma placa de Não-Me-Toque impõe respeito no trânsito. Da mesma forma, placas de Feliz e Encantado espalham alto astral. Quer dizer, espalhavam. Daqui pra frente, a relação será impessoal. Brasil é todo mundo e ninguém.



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