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Volta às aulas

Sebos, redes sociais e internet: veja dicas para economizar na compra de livros didáticos

Aumento do material escolar foi de 10% neste ano. Em sebos na Capital, a economia na compra de um livro usado pode chegar a 80%

05/02/2019 - 16h08min


Leandro Rodrigues
Leandro Rodrigues
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Daniel Conzi / Agencia RBS
Grupos de WhatsApp podem ser uma alternativa para pais e responsáveis

O início do ano letivo 2019 se aproxima, e os pais olham para o orçamento pensando no preço do material escolar. De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (ABFIAE), o aumento médio ficará em torno de 10% em relação ao ano passado. Ou seja, mais do que o o dobro do acumulado nos últimos 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – 3,75% –, que mede a inflação para o consumidor.

Se itens como cadernos, que podem custar até R$ 17 na Capital – segundo pesquisa do Procon Porto Alegre divulgada na semana passada –, já tiram o sono, o preço dos livros didáticos podem causar pesadelos. Novos, tanto de Ensino Fundamental quanto de Ensino Médio, podem abrir um rombo nas contas.

– O preço dos livros didáticos novos está passando de R$ 200 cada. Os do Ensino Médio são os mais caros, mas do Ensino Fundamental não mudam muito. Para quem tem mais de um filho, é um valor e tanto – conta Guilherme Bullius, proprietário da Beco dos Livros, rede de lojas de livros novos e usados da Capital.

É por isso que a busca por materiais e livros que já tiveram um dono tem sido cada vez mais uma saída para os pais. Segundo levantamento do portal Mercado Livre, entre 31 de dezembro de 2018 e 6 de janeiro deste ano, a busca pelo termo "material escolar" cresceu mais de 100% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A plataforma promete mais de três mil ofertas com até 40% de desconto.

Trocas dentro da própria escola

Mas Bullius relata uma mudança recente. A busca nos sebos tem aumentado para livros paradidáticos, leituras complementares ou com histórias infantis. Isso porque muitas escolas particulares já oferecem os livros junto com a matrícula ou fecham parceria com editoras para a venda direta aos pais.

– E outro fator que distancia o didático dos sebos é a atualização das edições. Agora, é todo ano. Mesmo um livro de matemática, por exemplo. Não tem atualização de conteúdo, mas colocam novos exercícios, nova diagramação. Não há como acompanhar a aula com a edição anterior – explica o livreiro.

É aí que entram as redes sociais e os aplicativos de mensagens, ferramentas digitais que colocam pais de alunos em contato direto. Foi o caso do vigilante Ezequiel Nickel, 30 anos, quem tem um filho no 2} ano do Ensino Fundamental no Colégio Pastor Dohms, zona sul de Porto Alegre. A primeira tentativa de achar as obras solicitadas neste ano pagando menos foi por meio de um grupo no Facebook com a postagem "Livros do 2° ano Fundamental Pastor Dhoms. Obrigado.". Mas o objetivo foi alcançado, parcialmente, por outro caminho.

– Encontrei os livros em grupo de WhatsApp da própria escola. Estou negociando pelo grupo e eu vou pegar os livros ainda hoje (terça-feira), pessoalmente, com o vendedor – conta.

Félix Zucco / Agencia RBS
O vigilante Ezequiel Nickel, 30 anos, achou descontos pelo WhatsApp

Ele procurava cinco livros paradidáticos e dois didáticos. Estes últimos, Nickel descobriu que terá de comprar novos, pois são preenchidos pelos alunos em sala de aula. São, justamente, os mais caros, custando entre R$ 100 e R$ 150 cada. 

– Isso sem falar que não há possibilidade de se vender esses livros no fim do ano para serem reaproveitados – comenta o vigilante.

Mas com relação aos cinco livros infantis, a economia será de 50% e já faz diferença. Novos, custariam cerca de R$ 100. Graças à negociação por Whats, sairão por R$ 50.

Onde comprar (e vender) livros didáticos usados

Sebos

– É a forma mais tradicional de buscar livros usados e, obviamente, mais baratos.
– O centro de Porto Alegre, historicamente, é um polo desse tipo de loja, popularmente chamado de sebos.
– Livros paradidáticos que custam R$ 50 novos podem ser achados por R$ 10, uma diferença de 80%.
– Também são pontos para comprar livros fora de uso. Quanto menos sinais de uso tiver, maior será o valor de venda.

Confira algumas lojas no centro da Capital:
Beco dos Livros
– Rua Riachuelo, 1.263
– Ria Riachuelo, 1.496
– Rua General Câmara, 409
– Rua dos Andradas, 697

Martins Livreiro
Rua Riachuelo, 1.291
– Rua Jeronimo Coelho, 377 (Livraria Erico Verissimo, filial)

Só Ler (de literatura)
Rua Senhor dos Passos, 266
– Rua dos Andradas, 870
– Rua Dom Feliciano 116


Sites de compra e venda

– São portais na internet, que também oferecem apps para smartphone, onde se pode vender e comprar itens de todo o tipo.
– Como o próprio Mercado Livre divulgou, a expressão "material escolar" está no topo das buscas nesta época. Vale a pena conhecer os principais sites desse modelo. Lembre-se de restringir a busca por sua região de interesse, pois são portais nacionais.

Confira os principais, alguns deles dedicados a livros:
Mercado Livre
OLX
Estante Virtual
Sebos Online


Redes sociais

– Há grupos fechados para pessoas interessadas em comprar ou vender livros usados, didáticos ou não.
– Para entrar, o processo é parecido com um pedido de amizade. Será preciso aguardar que os administradores aprovem a solicitação.
– Depois, pode-se conferir todas as postagens e também colocar um livro para a venda.

Alguns grupos em Porto Alegre e região:
Livros Novos e Usados em Porto Alegre
Brique dos Livros Porto Alegre
Livros Livre – Doação/Troca de Livros Porto Alegre
Brick de Livros Porto Alegre 


Feiras de Troca Escolares

– Os sebos próprios sebos já notaram: as escolas estão realizando feiras em suas dependências para incentivar a troca de livros usados entre os pais.
– Trata-se de boa oportunidade para economizar e dar mais vida útil a um livro já utilizado. Quando não ocorre troca, a venda de uma obra usada também ameniza o custo de que adquiriu o livro novo.
– É importante busca informação junto à secretaria da instituição sobre esse tipo de evento, que geralmente é bem divulgado pelas instituições quando ocorre.


Grupos de WhatsApp

– Quase todas as pessoas com algo em comum formam grupos de Whats, como moradores de um mesmo edifício, por exemplo.
– Não é diferente com pais de alunos de uma mesma turma na escola, isso quando o grupo não for mais amplo.
– Essa foi a ferramenta que ajudou o vigilante Ezequiel Nickel e poupar R$ 50 em livros paradidáticos.
– Nos encontros de pais, converse e descubra se já não existe um formado. Se não houver, sugira essa forma de comunicação.


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