Coluna da Maga
Magali Moraes fala sobre a Quarta de Cinzas e alguns sacrifícios
Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Nada como a gente fazer uma pesquisinha básica atrás de informação. Fui ler sobre a história da Quarta-feira de Cinzas e descobri que não tem nada a ver com Carnaval. A origem é religiosa, o uso é mundano. A Quarta de Cinzas faz parte do calendário cristão e marca o início da Quaresma. É um dia de reflexão sobre a fragilidade humana. É apenas uma (feliz) coincidência essa quarta ser usada pro pessoal se recuperar dos excessos do Carnaval.
Se é pra renascer das próprias cinzas, então vamos aproveitar bem o momento. Trabalhar só no turno da tarde pode ser um detalhe, perto de mudanças maiores. E se a gente aproveitar o dia de hoje pra outros tipos de reflexões, sacrifícios e renovações? Quem sabe fazer abstinência das redes sociais, repensando a quantidade de horas que perdemos no Facebook, Insta, WhatsApp etc. Só pode trazer bem-estar uma desintoxicação das fake news, das vaidades e invejas dos amigos que nem são tão amigos assim.
Carne
E um pequeno sacrifício de comer menos carne? Dá pra se inspirar no jejum que a igreja prega na Quaresma e propor em casa um dia sem carne (carnívoros sofrerão). É um jeito da família descobrir novos sabores. Existe um movimento mundial chamado Segunda Sem Carne, que propõe justamente isso. Foi criado na Inglaterra, na década passada, pelo ex-Beatle Paul McCartney. Macca queria proteger os animais. Mas um dia sem carne contribui com a saúde do planeta, poupa água e diminui poluentes.
Outra ideia pra colocar em prática hoje: um dia sem reclamar. De nada e de ninguém. Difícil, né? Um dia só de gentilezas é mais fácil pra você? Bora ser gentil sem olhar a quem. Já que o ano começa oficialmente depois do Carnaval (é o que dizem), que seja uma segunda chance pra ter um belo 2019. Pensa que janeiro e fevereiro foram apenas treino. Agora é pra valer. Acabou o ziriguidum. Os carros alegóricos vão pra garagem. O glitter vai sair na marra. Na cara, só a coragem.