O pior passo que podemos dar na vida é ficarmos reféns de nossas conquistas. Em nome da valorização do resultado das lutas, muitos acabam dando espaço a uma covardia disfarçada de prudência. Óbvio que temos que saber valorizar cada momento, empenhar antes de cada ação para não colocar tudo a perder, mas, quando menos esperamos, não temos mais joelhos, coluna ou dias de vida para realizar desejos e sonhos. 

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A vida é feita da arte de saber que lutas lutar, mas alguns ficam tão indecisos que não escolhem luta nenhuma. Da mesma forma que quem não joga na loteria nunca vai ganhar, quem não vai à luta não conquista nada. Algumas perguntas me guiam antes de decidir que batalhas vou viver: vou deixar alguém triste? A vitória vai me servir para um motivo nobre? Vencer essa batalha ou pessoa não é covardia? Minha mãe e meus filhos vai se orgulhar de mim, independentemente do resultado? 

Depois que, com calma, respondo a essas perguntas, parto para cima da vida como um cachorro magro vai para um osso de galinha atirado pela janela. Não me deixo levar pelas emoções, mas pelos sentimentos reais de conquista. Não coloco na boca mais do que posso engolir, afinal, posso engasgar com minha ganância. 

Se o pedaço que ganhei for grande demais, divido. Assim, ganho em dois lados: não me engasgo e conquisto um aliado para a próxima batalha. Nunca bato em quem está caído e abraço quem perdeu antes de comemorar a vitória. Vamos nessa, porque desistir não é uma opção.

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