Existe uma nova mania entre nós: as figurinhas do WhatsApp. Num passado recente, bastava colocar emojis no final da frase e pronto. A mensagem ganhava um ar divertido, próximo e carinhoso. Até céu com trovoadas ficava mais leve com emoji de guarda-chuva. Nenhuma notícia parecia tão ruim se junto tivesse emoji de susto.

Aliás, escolher o emoji certo para uma conversa no Whats sempre foi uma demonstração de que a pessoa gastou tempo humanizando a relação. Combinar dois ou três emojis? Garantia de sucesso.

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Agora não. Precisa mandar figurinhas. E diferentonas. Mais do que isso: a turma espera que a gente faça figurinhas com a nossa própria cara, nas expressões mais bizarras possíveis. Com o rosto dos outros também. Tem que catar essas fotos na memória do celular ou nas redes sociais da pessoa. Descobrir como recortar o fundo da imagem, qual app faz isso, baixar e treinar. Mas cadê tempo sobrando nessa vida? No Whats, o mundo cai se a gente não responde na hora.

Fofo

Importante deixar claro que eu simpatizo com essas figurinhas. Acho fofo! Dou risada até. Só que dá muito trabalho. Então eu não faço. Me contento apreciando as figurinhas criadas por alguém (e salvo as melhores, por precaução). Felizes são os viciadinhos em mandar áudio no Whats. Eles estão liberados dessa moda. A menos que inventem figurinhas sonoras. Eu, que sempre reclamei dos áudios preguiçosos, passei a ver vantagem. 

Era tão simples focar no emoji de coração e mandar em todas as mensagens, só variando a cor. Espalhar carinho nunca é demais, né? Prefiro caprichar nas frases, colocar as vírgulas nos lugares certos, o básico. E olha que isso tá ficando raro. Mas voltando às figurinhas: nem sempre dá pra reaproveitar mandando de um grupo pro outro. O que eu queria mesmo era o fim dos grupos do Whats. Paciência. Seguirei cercada deles e das figurinhas. A gente não consegue mais viver sem WhatsApp. Sua utilidade é enorme, apesar de tudo.