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Marina da Conga

Incêndio atinge 24 lanchas na Ilha das Flores, em Porto Alegre

Bombeiros trabalharam toda a manhã de domingo no rescaldo do fogo, que pode ter começado com superaquecimento de origem elétrica

16/06/2019 - 20h23min

Atualizada em: 16/06/2019 - 22h37min


Larissa Roso
Larissa Roso
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Humberto Trezzi
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Lauro Alves / Agência RBS
Incêndio que teve início na madrugada destruiu 24 embarcações na Marina da Conga

Um incêndio atingiu 24 lanchas que estavam nas garagens da Marina da Conga, na Ilha das Flores, em Porto Alegre, na madrugada de domingo (16). O fogo teve início perto das 3h.

Vigilantes acionaram o Corpo de Bombeiros, que deslocou três caminhões para atender à ocorrência. Bombeiros voluntários de Eldorado do Sul prestaram auxílio. As chamas foram controladas por volta das 6h30min, mas focos de incêndio ainda permaneceram durante todo o dia próximo aos barcos. Até em torno das 10h, os bombeiros ainda trabalhavam no rescaldo, e agentes da Polícia Civil, na perícia. Pelo menos 24 lanchas ficaram destruídas.

- Foi um incêndio de grandes proporções e, como o material é de fibra, o fogo se alastra rápido, e as embarcações estavam muito próximas. O prejuízo é grande - define o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros do RS, coronel Lúcio Ruzicki.

Há notícia de que alguns frequentadores da marina e voluntários chegaram a sofrer queimaduras leves na tentativa de salvar alguns barcos, mas não há hospitalizados.

Durante todo o dia foi intenso o movimento de proprietários que chegavam para verificar se suas lanchas estavam entre as que foram queimadas. Segundo um associado que frequenta a Marina da Conga há mais de 20 anos, apesar da velocidade com que o incêndio se expandiu, houve tempo para salvar a maioria das embarcações.  

As lanchas estariam entre as mais caras aportadas na marina, que abriga mais de 200 embarcações. Uma das que não resistiu às labaredas tinha valor estimado em R$ 500 mil. Outra, adquirida pelo proprietário havia apenas duas semanas, custou cerca de R$ 300 mil.

Até o anoitecer de domingo o responsável pela marina, Jorge Keller, preferia não comentar o episódio, por estar muito abalado. Ele permaneceu o dia envolvido em explicações aos proprietários de barcos e teria inclusive dito que contratou uma perícia particular para verificar as causas do incêndio. A cada um ele prometia que tudo será feito para compensar os prejuízos. 

A reportagem falou com alguns dos proprietários, que preferem permanecer no anonimato. Eles calculam que nem 10% das lanchas abrigadas na marina têm seguro. A marina tem um seguro global, mas ninguém informou se ele cobre os prejuízos dos barcos ou apenas os prédios e abrigos em terra.

Fagulha ou sobrecarga em baterias?

As causas do incêndio ainda são desconhecidas, mas GaúchaZH falou com policiais, peritos e especialistas em barcos. Não está descartado que o fogo tenha sido produzido de forma criminosa, mas ainda não foram encontrados indícios nesse sentido. As hipóteses com que se trabalha, no momento, são duas. Uma delas é de fogo provocado por fagulha externa (alguma brasa de churrasco que gere fagulha, por exemplo), que tenha atingido os barcos, alguns dos quais carregados com 200 litros de gasolina. A outra hipótese é superaquecimento das baterias dos barcos.

- As baterias costumam ser recarregadas cada vez que a lancha é atracada em terra. Os fios ficam conectados a tomadas nos postes dos abrigos. Basta um deles pegar fogo para começar um incêndio, já que os barcos todos estão cobertos de lona plástica e são feitos em fibra, material muito inflamável - descreve um especialista que possui embarcação na Marina da Conga.



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