Coluna da Maga
Magali Moraes: quando o escritório é em casa
Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
O assunto de hoje foi sugestão da querida Fernanda Conte. Quantos quilômetros separam Porto Alegre de Chapecó, em Santa Catarina? Não importa, estamos bem pertinho nas redes sociais. É mais uma amizade que surgiu por causa do DG. Comentando algo que escrevi, a Fernanda falou da solidão de trabalhar em casa (o tal home office). E que conversa com seus gatos só pra ter algum barulho no silêncio da casa. Imaginei ela marcando reuniões felinas, cada gato apresentando seus projetos.
Trabalhar em casa tem prós e contras. Alguns se distraem mais e procrastinam (o famoso deixar pra amanhã o que deveria fazer hoje). Também acontece da pessoa se tornar mais produtiva. Acho que depende da personalidade de cada um. Organizando direitinho, o dia pode render mais do que num escritório onde todo mundo interrompe. Sem falar que o café de casa é mais gostoso. O problema é a flexibilidade de horários nos fazer trabalhar dia e noite, prejudicando o sagrado lazer.
Muvuca
Tive duas curtas experiências trabalhando em casa. Naquela época, lembro que eu não curti muito. Sentia falta da muvuca e do convívio com os colegas. A gente faz grandes amizades no ambiente de trabalho. Pode mudar de emprego, mas os amigos ficam pra sempre. Cada intervalo é motivo pra conversar, estreitar laços e se sentir parte do grupo. Hoje em dia, muitas empresas oferecem a possibilidade de trabalhar remotamente, desde que as tarefas sejam entregues no prazo.
Com internet e um bom wi-fi, qualquer lugar vira escritório. É bom poder variar. Conforme a profissão, complica trabalhar de casa. Uma coisa é certa: sempre rola uma invejinha do que não temos. Quem tá de sol a sol no escritório sonha em trabalhar de pantufa em casa. Quem trabalha de pijama às vezes só quer vestir uma roupa decente e ver gente. Já quem está sem emprego quer uma ocupação, não importa onde. Voltando ao home office da Fernanda... será que os seus gatos têm cargo e crachá?