Esse texto não é para ficar chorando as pitangas pelas bombas que a vida nos traz, mas para nos ajudar a parar de sofrer. Antes de tudo, temos que entender que dor e sofrimento não são sinônimos. Os sentimentos e sensações que nossa cabeça produz diante de um fato são o que podemos entender como sofrimento, são fruto de nossas experiências e imaginação. Sendo assim, precisamos ter a ciência de que não podemos controlar o que pode acontecer em nossa vida, mas podemos controlar como vamos encarar esses fatos. Isso determina se vamos sofrer ou não. 

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Perder o emprego gera muita dor em um pai de família, mas não necessariamente deve provocar sofrimento. Se ele ficar se lamentando pela perda, vai sofrer, mas se ver isso como uma oportunidade de ir além, a dor vira impulso. Existem aqueles que sofrem antes de sentir a dor: a possibilidade de perder o emprego, por exemplo, gera um desespero psíquico que dói mais do que perder de fato. Nossa imaginação, às vezes, é traidora, faz com que os medos imaginários sejam reais. A dor é um fato, o sofrimento é o que esse fato nos faz sentir. 

Imaginação

Imagine como seria sua vida se a sua casa fosse alagada e você perdesse tudo? Pode ter certeza de que a sua imaginação foi muito mais cruel que a realidade. Para mim, que já vi minha casa alagada, posso dizer que é menos que nossa imaginação nos informa. Quem morre de véspera é peru de Natal e, a não ser que você esteja coberto de penas, não é seu caso. O que sentimos sobre um fato é algo que podemos mudar, já o fato nem sempre pode ser mudado. A questão é: o que você sente é dor ou sofrimento?

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