Nesta semana, eu estava no estúdio do Encontro e uma senhora com deficiência física e visual veio a mim dizendo que tinha o sonho de tirar uma foto com a Fátima Bernardes. Ela tinha dificuldades para se locomover. Pedi à segurança que deixasse ela ficar até a multidão sair, e a senhora realizou seu sonho. 

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Depois disso, fiquei surpreso quando alguns sites e revistas me ligaram, pois o fato havia chegado até eles. Queriam me entrevistar para que eu contasse como ajudei a senhora deficiente. Na real, eu fiquei constrangido com o pedido de entrevista. Sim, porque não fiz mais do que a minha obrigação. 

Reflexão

Não estou escrevendo esse texto para massagear meu ego, mas para refletir sobre como o mundo está viciado em achar fantástico o que deveria ser comum. Isso vai desde o homem que acredita que o fato de limpar e cozinhar faz dele o marido ideal, o filho que pensa que passar de ano é um mérito ou quem fica dando parabéns porque alguém achou uma carteira com dinheiro e devolveu. 

Não podemos querer aplausos por fazer nossa obrigação. Isso é nivelar por baixo o ser humano que nos propomos a ser. Fazer o nosso melhor no cotidiano é importante, mas não esperar aplauso também faz parte dessa equação. 

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Não atendi a senhora com respeito porque sou um cavalheiro, mas porque muitos de vocês encontram minha mãe pelas ruas de Porto Alegre, e quero que ela seja tratada com o mesmo respeito.