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Luto

Aos 72 anos, morre Valdir Espinosa, técnico campeão do mundo pelo Grêmio

Ex-treinador sofreu complicações após cirurgia no intestino

27/02/2020 - 14h59min


GZH
Fernando Gomes / Agencia RBS
Espinosa deu os títulos da Libertadores e Mundial 1983 ao Grêmio

Valdir Atahualpa Ramires Espinosa, 72 anos, morreu nesta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro. O ex-técnico foi vítima de complicações de uma cirurgia no intestino, realizada há 10 dias, e voltou a ser internado no dia 20 de fevereiro. O velório ocorrerá das 15h às 22h desta quinta, no Salão Nobre de General Severiano, na sede do Botafogo. 

Ex-jogador do Grêmio, Espinosa entrou para a história do clube ao ser o técnico que conquistou a Libertadores e o Mundial de Clubes de 1983. Atualmente, desempenhava as funções de gerente de futebol do Botafogo. A última passagem pelo Grêmio foi entre 2016 e 2017, como coordenador técnico.

 Dez momentos de Valdir Espinosa no futebol

— Hoje o dia amanheceu mais triste. Perdi meu segundo pai, meu irmão mais velho, meu exemplo, meu grande e  fraterno amigo. Foi pelas suas mãos que cheguei ao Grêmio e consegui dar para a minha família tudo que sempre quis.  Vai ser difícil superar mais essa perda, mas temos de seguir em frente. E tenho certeza que ele sempre estará nos olhando, cuidando e guiando. Vai com Deus meu grande amigo — disse Renato Portaluppi, por meio de sua assessoria de imprensa.

História no Tricolor

Agência RBS / Agencia RBS
Espinosa sendo levantado após vencer o Hamburgo no Mundial de 1983. Juntos dele, Renato e o presidente Fábio Koff

Nos anos 1980, foi responsável por indicar a contratação de Renato Portaluppi ao Grêmio. Em um treino do Esportivo em Bento Gonçalves, o então jogador veterano Espinosa enfrentou um garoto muito habilidoso pela lateral do campo. Anos depois, já como técnico, deixou o Esportivo para assumir o comando do Tricolor e lembrou de Renato, camisa 7 que havia vencido todos os embates contra ele naquela atividade na Serra. Começava, assim, em 1981, a trajetória de Portaluppi no Grêmio.

Entre 1983 e 1984, a dupla escreveu os maiores capítulos da história tricolor no futebol. A conquista da Libertadores e do Mundial deixou o nome de Espinosa e seus comandados nas páginas mais gloriosas da memória do Grêmio e seus torcedores.

Recentemente, Espinosa voltou ao clube para auxiliar Renato Portaluppi. Em 2016, era o coordenador técnico do elenco que encerrou a seca de 15 anos sem títulos vencendo a Copa do Brasil com autoridade técnica e um futebol que encantava. 

Fernando Gomes / Agencia RBS
Na última passagem pelo Tricolor, foi coordenador técnico na conquista da Copa do Brasil 2016

Valdir Espinosa também trabalhou como treinador no Verdy Kawasaki, do Japão, Coritiba, Paraná, Portuguesa, Athletico-PR, Fortaleza, Ceará, Santa Cruz, Duque de Caxias, Metropolitano, Vasco e Fluminense, além de ter sido coordenador técnico em Grêmio, Esportivo e Botafogo.

Ele havia se despedido dos jogadores do Botafogo na sexta-feira antes da cirurgia, sem previsão para a volta. Jornalistas cariocas que cobriam a situação relatam que Espinosa fez o comunicado de maneira muito emotiva. O clube o liberara de suas funções até que ele estivesse 100% recuperado do procedimento.




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