Olha quem tá de volta? Euzinha! Lembra que contei que ia viajar e curtir o frio? Nem esfriou tanto assim. Fomos pra Espanha, e lá o inverno é bem tranquilo. Nada que um casaco leve não resolvesse. E tinha tanta coisa legal pra prestar atenção além da temperatura. Sabe o que me dei conta? Do óbvio, mas sempre é bom falar. De como a gente vive no automático, repetindo ações e reações! Só mesmo durante as férias conseguimos enxergar as novidades e olhar pra vida de um jeito mais curioso.

Quer um exemplo? No dia a dia, mal percebemos os nomes das ruas. Parece que aquilo que já internalizamos não merece mais ser notado. Hoje um caminho desconhecido é facilmente dominado pelos aplicativos de localização. Numa viagem pra um lugar onde a gente nunca foi na vida, o GPS também ajuda. A diferença é que a nossa atenção é outra. É plena. Queremos registrar cada detalhe na memória. A rua, a estátua, o chafariz, as flores, as cores dos prédios, a esquina do restaurante delicioso. 

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Sentidos

Ao aproveitar cada minuto das férias, as experiências são vivenciadas ao máximo. Nossos sentidos focam no momento presente. Nos interessa o novo. Seja aquele nome estranho no cardápio ou algo engraçado que lemos numa fachada de loja. Sem falar nos nomes das cidades que desbravamos. Essas, eu garanto que vou lembrar: Sevilha, Córdoba, Granada, Almuñécar, Ronda, Setenil de las Bodegas, Málaga, Frigiliana, Nerja. Algumas eu sempre quis conhecer, outras descobri na hora.

As férias acabaram, a viagem terminou, mas o novo vai seguir me acompanhando por um bom tempo. A partir de hoje, tenho muito o que aprender: os nomes dos meus colegas no trabalho novo, o local do café e do banheiro, onde almoçar por perto, processos internos, novos jeitos de pensar. Até o trajeto de casa pra lá vai mudar completamente, com outras ruas e atrações pra descobrir no meio do caminho. No meu país e na minha cidade, o novo me abraça de novo. Muchas gracias, vida!