Lá em Casa
Cris Silva: "Comilança na quarentena"
Colunista escreve sobre maternidade e família todas as sextas-feiras
Esse período de isolamento provocado pelo Coronavírus certamente vai deixar de herança um novo jeito de ver as coisas – pelo menos para mim, será. Aqui em casa, fizemos muitas readequações. Tivemos a necessidade de estabelecer uma nova rotina e, dentro disso, estamos nos adaptando a novos hábitos. E, confesso para vocês, não está fácil.
Numa conversa com minhas amigas no grupo de WhatsApp, falávamos o quanto é difícil, em tempos de quarentena, manter uma alimentação saudável para a família. A situação parece ainda mais desafiadora para quem têm filhos maiores, que adoram uma guloseima. E é aí que mora o perigo: quando a exceção vira regra.
O coronavírus fechou escolas, onde normalmente as crianças faziam pelo menos uma refeição por dia. Agora, toda a alimentação é em casa.
Ter hábitos alimentares saudáveis é fundamental para manter o sistema imunológico fortalecido e prevenir a obesidade infantil, já que atividades ao ar livre, brincadeiras no recreio e até mesmo a Educação Física não estão mais acontecendo. É preciso maneirar.
Se você está nessa, preocupado com a alimentação, se seu filho está comendo muita coisa industrializada, como salgadinhos,
bolachas, pães e massas, eu divido com vocês algumas dicas para que, quando a rotina voltar ao normal, seja menos difícil adotar uma alimentação saudável novamente.
Na medida certa
É importante a gente saber que nenhum alimento precisa ser proibido, basta ter equilíbrio. Não há problema em comer pratos mais calóricos de vez em quando, desde que isso seja uma exceção, e não a regra. Confira algumas dicas de cuidados com a alimentação infantil nessa época de quarentena.
/// Crie uma rotina de alimentação, com horários definidos para cada refeição, pois isso reduz o risco de a criança querer comer lanches e doces durante o dia para “enganar” o estômago.
/// Não ofereça alimentos direto do pacote, especialmente industrializados como bolachas e salgadinhos. Divida os produtos em potes separados para limitar a quantidade que a criança irá comer e evitar exageros.
/// Se possível, realize algumas refeições em família, com todos sentados juntos para comer, para que a hora da refeição também se torne um momento agradável e prazeroso.
/// Deixe frutas prontas para consumo à disposição da criança nos momentos em que a fome bater, entre as refeições. Lembre-se de lavar bem os alimentos antes do consumo.
/// Ofereça água, muita água! Isso vale para os adultos também. Tente se lembrar de tomar água com frequência e, sempre que beber, sirva também as crianças. Existem aplicativos de celular que ajudam, enviando lembretes.
/// Evite levar as crianças ao mercado. Nesse momento de quarentena, o mais indicado é que apenas uma pessoa da casa faça as compras. Além de ser uma medida de prevenção contra a covid-19, dessa forma, somente o responsável escolhe os itens a serem comprados, evitando que os filhos fiquem com vontade de diversos produtos ao passar pelos corredores do mercado.
/// Para crianças com menos de seis meses, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é o aleitamento materno exclusivo. Nesses casos, não é necessário oferecer nenhum outro alimento ao bebê, nem mesmo água.
Fonte: site Drauzio Varella
Minha quarentena
Compartilho com vocês relatos de mães e pais em épocas de quarentena. Hoje, a jornalista Vanessa Martini, mãe do Theo, nos conta como está driblando o coronavírus e usando a imaginação para deixar os dias mais tranquilos.
“Aqui em casa, está sendo um grande desafio ficar com uma criança 24 horas por dia. Meu filho, Theo, seis anos, é muito ativo e, embora a gente tenha liberado mais o uso de telas e computadores, ele sempre quer inventar algo novo. Então, tenho criado algumas coisas, sempre que possível, como a mochila-foguete, massa de modelar caseira e o pote da gratidão. Não é fácil ter ideias sempre, mas a gente tenta, né?”
Se quiser encontrar as invenções da Vanessa, visite o perfil dela no Instagram: @vanessamartini.
Peróla
Era hora de dormir e eu disse:
– Filho, eu te amo daqui até a lua.
– Mamãe, eu te amo daqui até o ventilador.
– Como assim?
– A lua tá muito longe. Eu gosto de te amar pertinho.
Isaac, cinco anos