Não é piada de primeiro de abril. Juro que é verdade: nós vamos sair mais gordos da quarentena. Então bora mexer esse corpinho parado, e não vale contar a caminhada do sofá até a geladeira. Tenho passado os dias sentada na frente do computador. Quando dá uma folga no trabalho, eu corro pra fazer o almoço ou estender uma roupa. Mas não é a mesma coisa. Por mais que eu estique bem os lençóis da cama, a minha coluna quer esticar ainda mais. Ombros, pescoço, tudo.

Nosso corpo foi feito para o movimento, é o que dizem os especialistas. A balança nem me diz mais nada, cansou de falar sozinha. Já o zíper do jeans tem dado o seu recado. "Para de comer, menina! Não desconta a ansiedade nos lanchinhos". E o pessoal aqui não ajuda. Acabaram de fazer um bolo de chocolate maravilhoso. Coisas de quarentena, sabe? Se não dá pra sair na rua pra caminhar, correr, pedalar, a gente precisa buscar outra alternativa. Mexe o corpo dentro de casa! Arreda os móveis, vai.

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Febre

Na internet tá cheio de aulas ensinando a fazer exercícios. Quem aí lembra dos vídeos de ginástica da atriz americana Jane Fonda? Foi uma febre nos anos 80! Vestida de collants cavados e polainas coloridas, ela nos apresentou a tal da aeróbica. Suas séries de exercícios tinham coreografia. O Tico e o Teco nem sempre acompanhavam os movimentos, mas só de olhar já dava vontade de fazer. Com a internet, hoje em dia todo mundo é Jane Fonda e ensina a malhar.

Agora lembrei da Claudia Raia no programa Viva o Gordo, repetindo o bordão "Vamos malhar?" pro Jô Soares. Procura no YouTube e exercita o riso. Eu tomei uma atitude: comprei um tapetinho de yoga pra botar no chão e me alongar. Os professores da academia estão mandando treinos por vídeo. Santa ajuda! Comecei a fazer no tapete da sala, mas me distraía achando sujeira nele pra limpar. Abdominais, me aguardem! Quero mexer o corpo e as ideias. Só assim eu boto a ansiedade pra correr. Você tá se mexendo também?