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Coluna da Maga

Magali Moraes: irmãos de sangue e de letra

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

25/05/2020 - 05h01min

Atualizada em: 25/05/2020 - 05h01min


Fernando Gomes / Agencia RBS

Eu sempre quis escrever sobre o curioso costume de dar para os filhos nomes que começam com a mesma letra. Só faltava a inspiração certa. E se eu contar que descobri irmãos chamados (não necessariamente nessa ordem) Jair, Jandir, Janira, Jacques, Joacyr, Jaury, Jadir e Jara? Talvez eu tenha entendido errado, nunca pensei que a letra J rendesse tantas variações em uma mesma família. Imagina essa criançada na escola, confundindo professores e colegas. O resto do alfabeto louco de ciúmes.

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Em casa, eu confundo os nomes dos meus filhos o tempo inteiro. E são só dois, começando com consoantes diferentes. Pior é que percebo a troca um segundo depois de falar, e tento consertar chamando eles de FaRafa e RaFabio. Faço isso há quase 20 anos. Sorte que eles acham graça até hoje. Agora voltando aos irmãos J, a confusão deveria correr solta dentro de casa. Tipo mandar um pro banho e chamar o outro. Como botar de castigo com convicção? Ou bordar só J nas cuecas e calcinhas?

Nó 

Tenho vários colegas com nomes que começam com J, e me dá um nó no cérebro. Que outras letras são tão versáteis? M de Magali, Márcia e Mônica? Não. Esses pais gostam de embaralhar sílabas parecidas. Marinalva, Marineide, Mariane, Marialda, Marilda (exemplos fictícios até que alguém se apresente com a carteira de identidade). Ainda na letra M, os nomes compostos querem ser diferentes e também geram confusão. Que o digam as Marias: Lúcia, Luisa, Fernanda, Eduarda, Cristina.

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Quando o assunto é nome, por mais criativos que sejam os pais, nada está garantido. Apelidos surgem de uma hora pra outra e estragam a programação original. Pegam rápido, incorporam na pessoa, duram uma vida. Tenho provas, as irmãs Diocir e Diocila (mais conhecidas por Pita e Josi). Dar para os filhos os mesmos nomes dos pais e avós é outro costume que me intriga. A repetição ajuda ou atrapalha igual? É homenagem ou faltou ideia? Me conta se você tem um caso assim na família. 


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