Os efeitos econômicos gerados pela pandemia de covid-19 não foram sentidos apenas no bolso de pessoas físicas. Em razão da crise instaurada na economia, muitas instituições que sobrevivem majoritariamente por meio de doações, agora, também enfrentam dificuldades para se manter durante esse período. Esta é a situação da Casa do Excepcional Santa Rita de Cássia, entidade localizada na zona norte da Capital que, há 43 anos, presta atendimento integral a crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais, decorrentes de lesão cerebral.

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Com a fonte de renda de grande parte da população reduzida, as doações deixaram de ser prioridade no orçamento de muitas famílias que, antes da pandemia, contribuíam com o trabalho da instituição. E, sem poder realizar o tradicional brechó e demais eventos de arrecadação, em razão das medidas de distanciamento social, está cada dia mais difícil manter o funcionamento da entidade filantrópica, que atualmente acolhe 34 internos. 

– Se as pessoas não faturarem, como vão poder nos ajudar? Essas doações são o alimento da casa. Então, se a situação já era difícil antes, imagine agora, com a pandemia. Graças a Deus, ainda recebemos algumas ajudas, mas nada que nos dê segurança e garanta a manutenção da casa – relata a fundadora e presidente da instituição, a portuguesa Maria Irene Abrantes, 86 anos.

Necessidades

Das doações que ainda chegam, a maioria supre as necessidades de alimentação – enquanto outras demandas importantes seguem desassistidas. Entre as maiores dificuldades neste período está a manutenção dos recursos para pagamento de despesas básicas ao funcionamento da instituição, como as contas de água, gás e luz, e a folha salarial dos mais de 40 colaboradores empregados pela casa – entre eles, profissionais da área da saúde. 

Além disso, o lar necessita adquirir, ao menos, mais seis bombas de infusão para atender aos oito acolhidos que usam sonda hospitalar. Os equipamentos, que custam em média R$ 5 mil cada, permitem dosar de forma mais confiável as quantidades de medicamentos e alimentação enteral necessários a cada paciente.  Sem condições de arcar com esses custos, a instituição vê na solidariedade a saída para continuar prestando atendimento a seus acolhidos.

– Tenho muita fé de que isso passará logo e que Deus não deixará faltar nada a eles, mas necessitamos muito de ajuda. Precisamos nos esforçar para continuar mantendo-os saudáveis e dando a eles o carinho que, muitas vezes, não tiveram em casa – pede a fundadora.

Como ajudar

/// Doações de quantias em dinheiro podem ser destinadas à conta da instituição no Banrisul: agência 0042, conta corrente 06002005.0-5. Para transferências, o CNPJ da entidade é 89.519.409/0001-22.

/// Para suprir a demanda das bombas de infusão, a casa também aceita doações do próprio equipamento – que pode não ser novo, desde que esteja em plenas condições de uso.

/// Para saber mais sobre o trabalho desenvolvido pela instituição e consultar outras formas de contribuir, entre em contato pelo telefone (51) 3387-6175.

Produção: Camila Bengo

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