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Coluna da Maga

Magali Moraes e o cinema no carro

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

17/06/2020 - 09h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Quem aí já namorou no escurinho do cinema, mas dentro de um carro? Loucos anos 70 e 80, quando o cinema drive-in era moda! Ter essa lembrança na gavetinha das memórias afetivas é bom demais. O telão lá na frente, passando o filme. Os carros posicionados pra ter uma visão perfeita (ou não, dependia da intenção). Os casais tentando se concentrar na história. Pra comprar um lanchinho, era só acionar o pisca-alerta. Privacidade e pipoca, que combinação perfeita!  

E não é que o cinema drive-in voltou? Foi a novidade no último final de semana em Porto Alegre, nos estacionamentos da ADVB e do Shopping Total. Eu adoro quando inventam algo novo que, na verdade, é uma ideia super antiga. E chegou em boa hora. Com a pandemia, infelizmente, os cinemas normais não vão reabrir tão cedo. Dá pra curtir essa experiência, matar a saudade da telona e ainda manter o distanciamento social. Todos isolados em seus carros, respeitando os cuidados de higienização.

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WhatsApp

Nesse tipo de cinema, a gente ouve o som do filme pelo rádio do carro, sintonizando na frequência FM indicada. O funcionamento é como antigamente, mas agora os pedidos de comida são feitos pelo WhatsApp. O pisca-alerta segue sendo a forma de comunicação em caso de problema. Os ingressos esgotaram rápido para as sessões inaugurais. Era fíndi de Dia dos Namorados, e li que tinha até a opção de pedir tábua de frios e fondue pra comer dentro do carro. Farofada romântica, hein?

Os organizadores dizem que a experiência é melhor pra quem está no banco da frente e no carona. A pessoa que sentar no banco de trás vai ter a visão prejudicada. Melhor nem ir, que é programa de casal. Lembrei do chá-de-pêra nos namoros do passado. Era como se chamava a criatura que ia junto pra encher o saco e não deixar os namorados sozinhos (a mando dos pais). Hoje em dia é tudo tão mais fácil. Vou convidar o Ricardo pro cine drive-in. Mil anos depois, a história se repete. Sorte a nossa.  



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