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Coluna da Maga

Magali Moraes: mãe e pai de pet

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

22/07/2020 - 09h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Taí um assunto que eu tenho zero conhecimento. Mas a curiosidade não me impede de escrever sobre isso. Já vou esclarecendo a situação: é medo! Tenho fobia especialmente de cães. Também não me sinto nada à vontade perto de gatos (hamsters, coelhos, papagaios, passarinhos) e qualquer bicho que não seja de pelúcia. Juro que eu sou uma boa pessoa, apesar dessa falha técnica. Tanto que aceitei a sugestão de fazer uma coluna sobre mães e pais de pets. Né, Vanessa? Olha aí, Nelson!

Gatos são filhos mais independentes desde pequenos? Cães são filhos que estão sempre pedindo atenção? É o que diz a teoria. Vai saber se é mesmo assim na prática. Essa quarentena deve estar fazendo muita gente se tornar mãe e pai de primeira viagem. Um pet faz companhia pra quem se sente sozinho em casa. É só aguentar os pés roídos das poltronas, as almofadas rasgadas, um xixi aqui e acolá. Será que as noites também são mal dormidas quando se tem bebê de quatro patas? 

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A Vanessa, mãe da Lucy, me disse que poderia escrever um livro sobre a maternidade gatínea apenas com os aprendizados dos dias iniciais. Meu sobrinho é outro que recém virou pai de pet e tá mimando o cãozinho Max. Já o Nelson tem três gatos em casa e só posta fotos da filharada em suas redes sociais. "Maga, escreve sobre quem ama e quem detesta gatos!". Ele e eu? Hahaha. "E quem nunca gostou, mas de repente se rende a eles." Isso deve acontecer (comigo não, já deixo bem claro).

Tem os loucos por bichos, os que preferem só ter filhos humanos e quem não nasceu pra ser pai ou mãe (e tá tudo bem). Há quem aprenda a maternar cuidando de plantas. Aliás, maternar é um verbo na moda. Tem paternar? Deveria. O fato é que a gente não foi feito pra viver na solidão. Hoje em dia, os pets ganham até festa de aniversário e mil mordomias. Quem sou eu pra julgar? Mantendo eles longe das minhas canelas, eu agradeço. Mas o amor, ah, esse me comove sempre. Não importa a forma.



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