Comer pizza fria porque a gente quer é uma escolha. Sei lá, bate aquela fome de madrugada e nem dá tempo de esquentar no micro-ondas. Vai da geladeira ao aparelho digestivo, sabe assim? Conheço pessoas que abocanham uma fatia de portuguesa gelada no café da manhã por livre e espontânea vontade. Gosto não se discute. Mas e quando tudo o que você mais queria era uma pizza quentinha? Pede telentrega, espera salivando e, ao abrir a tampa da caixa, bate um vento Minuano? 

Já contei aqui que estou focada em uma alimentação mais saudável. Só que toda regra tem sua exceção. Escapadinhas controladas fazem parte do jogo. Isso porque a privação acaba levando à compulsão. Então me permito algumas gostosuras de vez em quando. Só que esses momentos são bem mais esperados (e idealizados) do que antigamente. Se vou comer pizza é pra estar deliciosa e fazer valer cada pedaço. Agora imagina a frustração ao provar a tal pizza fria. Deu geada na língua.

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Forno

Nessas horas, a gente nunca lembra de deixar o forno pré-aquecido pra se garantir. Sem falar que esperei uma hora e meia até ela finalmente chegar. A fome já tinha virado desespero. Bons tempos quando dava pra entrar na nossa pizzaria preferida, escolher onde sentar, que sabores pedir e depois receber na mesa aquela pizza fumegante. Acabei ligando o forno e demorou ainda mais pra matar a fome. Lá se foi o sonho da pizza perfeita. "Ela saiu daqui quente, a senhora é que mora longe". Engole essa.

Se for pra comer pizza fria, que seja uma maravilhosa de sardinha. A massa alta, o molho suculento, o gostinho de infância. Lembra aquelas que faziam sucesso nos aniversários de criança? Melhor ainda é preparar pizza em casa, do jeito que a gente quer, e servir na temperatura certa. Tá chegando o fíndi, e com ele mais tempo pra curtir todos os prazeres da mesa. Lembra de saborear bem cada garfada, tá? Só não descuida muito da saúde. E se pedir pizza, que ela chegue bem quentinha.