Classificação preliminar
Na primeira semana com nova região, mapa do distanciamento controlado tem 12 áreas sob bandeira vermelha
Outras nove localidades se encontram na laranja; municípios têm até a manhã de domingo para recorrer
Na primeira semana após mudança no distanciamento controlado, que agora conta com mais uma região, a de Guaíba, o governo do Estado classificou, de forma preliminar, 12 localidades do Estado em bandeira vermelha, de alto risco para o coronavírus. As outras nove áreas se encontram na bandeira laranja. A informação foi divulgada pelo governo do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (7).
Desmembrada de Porto Alegre, que está há várias semanas sob a classificação de risco alto, a 21ª região covid passou a vigorar na quinta-feira (6) e reúne os 19 municípios das regiões Carbonífera e Costa Doce.
Guaíba, inclusive, é uma das classificadas como risco epidemiológico alto na versão preliminar do mapa, ao lado de Capão da Canoa, Palmeira das Missões, Erechim, Pelotas, Bagé e Uruguaiana. As regiões de Novo Hamburgo, Porto Alegre, Canoas, Taquara e Passo Fundo já estavam na bandeira vermelha na 13ª rodada e foram mantidas. A região de Lajeado apresentou melhora nos indicadores e reduziu para a bandeira laranja.
Conforme o mapa preliminar, 275 municípios (do total de 497) estão classificados em bandeira vermelha, somando 7.759.635 habitantes, ou seja, 68,5% da população gaúcha.
Desses, 126 municípios (597.635 habitantes, 5,3% do RS) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da regra zero-zero, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias.
Municípios e associações regionais têm até as 6h de domingo (9) para apresentarem pedidos de reconsideração, que serão analisados para que as bandeiras definitivas sejam divulgadas na segunda-feira (10).
Acordo com a Famurs altera modelo
Depois de muitas negociações, o governo estadual e a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) fecharam um acordo para alterar regras do distanciamento controlado. As medidas já devem valer para a próxima semana.
Em vez de apenas o Executivo ditar as bandeiras para todas as regiões, as decisões passarão a ser compartilhadas com as prefeituras. A ideia é que a gestão da pandemia causada pelo coronavírus seja feita em conjunto entre Estado e municípios.
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O acordo ainda precisa ser oficializado por decreto. Então, cada região terá autonomia para flexibilizar as regras estaduais, desde que haja apoio da maioria dos prefeitos envolvidos e apresentação de um documento técnico. Na prática, os prefeitos de uma região de bandeira vermelha poderão, em conjunto, definir regras semelhantes às da bandeira laranja.
RS tem piora nos indicadores
O Rio Grande do Sul registrou piora em alguns indicadores, como o que mostra o número de hospitalizações, que cresceu 17%, e o de óbitos, 10%.
Mesmo com o avanço da doença, no entanto, o número de leitos livres se manteve estável, conforme o Executivo estadual, com abertura de novas unidades e redução no número de internados por outras causas.
As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (434), Caxias do Sul (123), Canoas (117), Novo Hamburgo (96) e Passo Fundo (88).
Confira alguns indicadores apresentados pelo governo do Estado:
- O número de novos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de confirmados com covid-19 aumentou 17% entre as duas últimas semanas (1.094 para 1.278);
- O número de internados em UTI por SRAG aumentou 3% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (872 para 897);
- O número de internados em leitos clínicos com covid-19 no RS reduziu 3% entre as duas últimas quintas-feiras (1.002 para 975);
- O número de internados em leitos de UTI com covid-19 no RS aumentou 4% entre as duas últimas quintas-feiras (672 para 702);
- O número de leitos de UTI adulto livres para atender covid-19 no RS aumentou 1% entre as duas últimas quintas-feiras (de 602 para 608);
- O número de casos ativos caiu 4% entre as duas últimas semanas (de 7.793 para 7.454);
- O número de óbitos por covid-19 aumentou 10% entre as duas últimas quintas-feiras (de 369 para 406).