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Piquetchê do DG

Piás e prendas mirins promovem campanha para arrecadar brinquedos, com destaque para os ligados à cultura gaúcha

Ação teve como objetivo presentear no Dia das Crianças

12/10/2020 - 05h00min

Atualizada em: 12/10/2020 - 05h00min


Elana Mazon
Elana Mazon
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Arquivo Pessoal / Divulgação
Pé de lata colorido foi um dos itens produzidos

Divulgar a cultura do Estado por meio dos brinquedos folclóricos é uma das missões da Gestão Estadual de Piás e Prendas Mirins do Rio Grande do Sul. Durante a pandemia, o grupo, formado por três guris e três gurias de diferentes lugares do Estado tem unido a tarefa a uma missão nobre: a solidariedade. Com o intuito de arrecadar brinquedos para celebrar o 12 de Outubro, eles promoveram, até domingo (11), com o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), a campanha Doe um Brinquedo e Ganhe um Sorriso. 

O projeto, realizado em parceria com 30 regiões tradicionalistas, tem o objetivo de arrecadar doações de brinquedos, sejam eles relacionados ao folclore gaúcho ou não.

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Mas a função, na verdade, começou bem antes. Desde o início da pandemia, tradicionalistas representantes de CTGs estão envolvidos em campanhas solidárias para arrecadar alimentos e roupas, por exemplo. Ao longo do tempo, porém, as prendas e piás mirins observaram a necessidade de oferecer uma atenção especial às crianças, como explica a vice-presidente Cultural do MTG, Roberta Jacinto:

– Durante uma transmissão ao vivo, falamos sobre o reflexo do isolamento social nas crianças e percebemos essa necessidade. Daí surgiu a ideia da Gestão. O MTG tem essa preocupação com a questão da infância, do brincar.

Arquivo Pessoal / Divulgação
Boneca de pano é um clássico das brincadeiras

Duas fases

Na primeira fase da ação, batizada de Abrace Uma Criança, a missão dos pequenos tradicionalistas era falar sobre, arrecadar e também construir brinquedos folclóricos – ou seja, aqueles que têm alguma ligação com a história e a formação cultural do Rio Grande do Sul. São itens como bonecas de pano, bilboquês, peões, jogos de cinco marias, vai e vem e outros. As peças foram doadas nas cidades e regiões de cada um dos participantes para instituições ou famílias em situação de vulnerabilidade.

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Segunda prenda mirim do Rio Grande do Sul, Amanda Tonial, 13 anos, de Veranópolis, explica que o objetivo principal da ação era levar felicidade para as crianças, já afetadas pela falta das aulas presenciais:

– Nós queríamos que as crianças aproveitassem esse período de isolamento, que não está sendo fácil, da melhor forma possível. A primeira fase trouxe um grande resultado, por isso, decidimos ampliar. Acreditamos que podemos fazer milhares de crianças felizes.

Na segunda fase da campanha, que terminou ontem, abriu-se a possibilidade de doações de qualquer brinquedo, sejam eles folclóricos ou não, novos ou usados, desde que em bom estado. Os itens serão distribuídos para instituições carentes e também aos grupos infantis dos Centros de Tradições Gaúchas (CTG).

O que é um brinquedo folclórico?

Conforme a vice-presidente Cultural do MTG, Roberta Jacinto, os brinquedos folclóricos são aqueles que, de alguma forma, fazem parte da história e da formação cultural do Rio Grande do Sul. Ela explica que eles se enraízam e ganham importância ao longo do tempo, e podem mudar conforme o local ou os recursos disponíveis em cada época.

– O gadinho de osso, por exemplo, é feito com ossos dos animais. Era muito utilizado por crianças que viviam na zona rural – diz ela.

Preferido

A prenda Amanda conta que passou a ter contato com esse tipo de brinquedo quando entrou no CTG. Desde então, diverte-se construindo e estudando sobre os objetos e não titubeia ao eleger seu favorito.

– Sou de Veranópolis, na Serra, onde temos muitos morros e lombas. Então, é ótimo para os carrinhos de lomba. Pessoas de todas as idades aproveitam – relata.



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