Pandemia
Hospitais de Porto Alegre reativam mais de 50 leitos destinados a pacientes com coronavírus em novembro
Após redução de vagas pela queda no número de casos na Capital, instituições retomaram serviços nos últimos dias após alta na procura por atendimento
Com o aumento no número de casos confirmados de covid-19 nos últimos dias, hospitais de Porto Alegre reativaram leitos destinados a pacientes com coronavírus em suas estruturas. Do início de novembro até agora, 51 vagas foram reabertas nas instituições de saúde da Capital. Só no Hospital de Clínicas, 11 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foram recolocados à disposição — três na semana passada e oito na quarta-feira (25). Com isso, o Clínicas conta com 66 vagas exclusivas para pacientes com quadro grave da doença. No ápice da pandemia, em agosto, o número de leitos chegou a 105.
No Hospital Nossa Senhora da Conceição, 20 leitos de enfermaria foram reativados na semana passada. Ao todo, são 48 leitos e mais 12 reservados a casos suspeitos. Na UTI Covid, são 29 vagas, sendo que, nesta quinta-feira (26), 27 estão ocupados.
Além desses, o Hospital Vila Nova, localizado na zona sul da Capital, inaugurou 20 leitos de UTI na última segunda-feira (23), todos exclusivos a pacientes com coronavírus. A nova ala foi construída em 180 dias com o repasse de R$ 6 milhões de verba pública. Segundo a instituição, os leitos já estão ativos.
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As medidas foram tomadas pelas instituições em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que está monitorando o aumento de casos da doença na Capital. Isso porque a média de ocupação em leitos de tratamento intensivo mantém ritmo de crescimento em Porto Alegre. Na quarta, por exemplo, foi o maior índice em 34 dias. Segundo dados compilados pela prefeitura, nos últimos sete dias, há uma média de 242 pacientes com casos graves de covid-19 tratados diariamente em leitos de UTI. O número é 16% maior do que a média mais baixa, registrada no fim de outubro e começo de novembro.
De acordo com a SMS, a demanda é avaliada diariamente e não se descarta a necessidade de reativar mais leitos.