O tempo é nosso professor. Essa é a maior verdade do mundo. Às vezes, passamos tempo demais tentando defender os erros do passado, quando seria bem mais fácil reconhecer que erramos e avançar para novas atitudes. Eu como pai, por exemplo, hoje sou um homem que estuda como criar seus filhos, mas com os primeiros eu seguia meus instintos, que muitas vezes eram fruto de meus traumas e medos. Isso, para uma criança, é determinante. Digo porque os primeiros seis anos definem toda a relação que a criança vai ter com o mundo. Ainda bem que as mães de meus filhos eram melhores mães do que eu pai, porque eu tratava o mundo como um campo de batalha, e meus filhos tinham que ser os guerreiros mais fortes. 

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Geralmente, esse tipo de postura gera, ao invés de coragem, insegurança e medo. Isso é só um exemplo, óbvio que, como pai, passei muita coisa boa para meus pequenos, mas o Manoel de 15 anos atrás tinha essa visão equivocada, entre muitas outras. 

Hoje, eu sou não somente um novo pai, mas um outro homem, que às vezes sente vergonha do anterior. Daqui a 20 anos, terei o mesmo sentimento sobre o cara que sou hoje. Tento deixar meus erros na estrada da vida sem tentar advogar em defesa deles. Meu compromisso é com minha melhor versão, e isso passa por reconhecer e abandonar atitudes que não são as melhores. E você, amigo leitor, é amigo dos seus erros?