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Papo Reto

Manoel Soares: "Quem de fato ama, não coloca em risco as pessoas queridas"

Colunista escreve no Diário Gaúcho aos sábados

26/12/2020 - 05h00min


Lauro Alves / Agencia RBS

Amigos, algumas das tragédias que alguns de vocês ouviram falar, eu vi de perto. Estive cobrindo a queda do avião da TAM, a tragédia da Boate Kiss, a queda do avião do time da Chapecoense, entre outros que marcaram minha vida e a vida de muitos gaúchos. Mas confesso que não entendo como a maioria de nós não está se chocando com a tragédia que estamos vivendo diante da pandemia. 

Por dia, chegam a morrer o equivalente a cinco aviões lotados, e as pessoas não entendem que precisam se cuidar. Muitos nesse Natal foram para casa de parentes e fizeram festas sem máscaras e sem cuidados, colocando em risco a própria vida e vida de pessoas que amam. Outros estão planejando fazer uma festa daquelas na virada. 

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Quando vamos para casa de nossos pais e pessoas que amamos, e pertencem a alguma grupo de risco, é como se colocássemos essas pessoas na fila de um avião que tem a possibilidade de cair. Quem de fato ama, não coloca em risco as pessoas queridas. Essas irresponsabilidades lotam hospitais e resultam em covas coletivas nos cemitérios. 

Futuro

O ano de 2021 não vai ser fácil. Precisamos de, no mínimo, seis meses até que a primeira dose da vacina chegue nas quebradas. E, depois disso, pelo  menos mais quatro meses até que a totalidade das pessoas pobres esteja fora de perigo. Tudo isso se tivermos sorte. 

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Achar que estamos perto do fim da pandemia e que podemos tirar o pé da prevenção é como aquelas pessoas que pegam a estrada vindo da praia e dirigem certinho até chegar nas cidades da Região Metropolitana. Aí, tiram cinto e não obedecem placas. A tendência é que esse discurso custe caro. A escolha é simples: curtir essa virada vale o risco que você vai levar para sua vida e para a dos outros? Responde aí.



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