Transporte público
Com cogestão e decreto, limite de lotação dos ônibus não será alterado em Porto Alegre
Sistema permite à prefeitura municipal flexibilizar restrições estabelecidas pelo sistema de distanciamento controlado do governo estadual
O aumento da pressão nos sistemas de saúde e o recrudescimento das medidas de restrição de atividades não vão alterar momentaneamente os limites de lotação no transporte público de Porto Alegre. Conforme a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), os coletivos poderão circular com o total de passageiros sentados, e mais 20 passageiros em pé em ônibus comuns, ou 30 em ônibus articulados. Esse limite de pessoas já estava em uso nos últimos dias.
De acordo com a EPTC, apesar da cidade se encontrar em bandeira preta, o modelo de cogestão permite a adoção de protocolos estaduais da bandeira vermelha. Nessa condição, os coletivos podem circular com 50% da capacidade total, ou seguindo uma normativa municipal. Essa segunda condição é a atualmente adotada pelo órgão.
Conforme a normativa, o "transporte coletivo de passageiros deverá ser realizado apenas com o uso de máscara, pelos operadores e usuários, além da capacidade de passageiros sentados, a lotação máxima de passageiros em pé limitados a 20 (vinte) nos ônibus comuns e a 30 (trinta) nos ônibus articulados, sendo vedado o embarque nos veículos que atingirem esse limite".
O diretor-presidente da EPTC Paulo Ramires destacou que, com a redução das atividades econômicas, a demanda por ônibus deve cair nesta semana.
— Cada município tem uma característica diferente do transporte público. A redução das atividades comerciais vai fazer muitos ficarem no home office. Isso vai diminuir a demanda — destacou.
Conforme Ramires, nessa segunda-feira, houve uma redução de 8% na demanda média dos últimos dias. A EPTC informou que vai reforçar os ônibus entre o final da tarde e início de noite. Além disso, houve um aumento nas ações de limpeza e fiscalização dos coletivos para evitar aglomerações nos ônibus. Ramires ponderou que não acredita em aglomerações nos ônibus, mas não descarta que algum caso ocorra de forma isolada.