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Estoque zerado

Cerca de 70% dos municípios gaúchos registram falta da CoronaVac

Com isso, aplicação da segunda dose do imunizante foi suspensa em muitas cidades

28/04/2021 - 21h27min


Larissa Brito
Larissa Brito
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MAURO PIMENTEL / AFP
É possível que todas as cidades gaúchas fiquem sem estoque em até 5 dias

Um levantamento realizado pelo Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS) aponta que 350 dos 497 municípios gaúchos registravam falta da vacina CoronaVac nesta quarta-feira (28). O número representa 70,4% das cidades do Estado. Com isso, a aplicação da segunda dose do imunizante está suspensa em muitas localidades.

De acordo com o presidente do conselho, o secretário municipal de Saúde de Canoas Maicon de Barros Lemos, a tendência é de que este número aumente até o final do dia. Segundo Lemos é possível que todas as cidades gaúchas fiquem sem estoque em até 5 dias.

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— Ao receber as doses, os municípios rapidamente organizaram a distribuição. Então, a tendência é de que nos próximos dias todos os municípios tenham problemas para a administração da segunda dose desta vacina — destaca.

O lote recebido pelo Estado na última sexta-feira (23) contava com apenas 50.200 doses da CoronaVac. Essa quantidade é suficiente para suprir somente 86% da demanda para segunda dose no Rio Grande do Sul.

O Instituto Butantan, que produz a CoronaVac, afirmou, em nota encaminhada a GZH, que um novo lote da vacina será entregue ao Ministério da Saúde na próxima segunda-feira (3). O último repasse de imunizantes ao governo federal ocorreu em 19 de abril, com 700 mil unidades.  

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O atraso desta vez ocorre em razão de problemas envolvendo a importação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) feito na China, que também chegou ao Brasil no último dia 19. São necessárias duas semanas para que o Butantan produza as vacinas.  

 — Existe uma demanda muito grande do mundo todo de vacinas a partir da China, e isso tem resultado nesses atrasos —  afirmou o presidente do instituto, Dimas Covas, no dia 19 de abril. — Esperamos que, a partir de maio, com uma liberação maior de matéria-prima, possamos adiantar o cronograma — completou. 


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