Quarta-feira passada, a Rainha Elizabeth II completou mais um ano de vida. A data caiu no período de luto pela morte recente de seu marido, que faleceu no começo do mês. O Príncipe Philip (ou Duque de Edimburgo) tinha 99 anos. Ela fez 95. Os dois iriam comemorar 74 anos de casados em novembro. Somando tudo dá uma baita história de amor. Em vez de rei e rainha, como aprendemos nas fábulas, Sua Alteza é quem sempre brilhou. O príncipe nunca teve papel importante nesse reinado.

Aparentemente, um detalhe que não fez diferença. Ele aceitou numa boa ser o coadjuvante, e acompanhou a esposa por décadas em infinitos eventos reais. Você reparou que, na maioria das fotos publicadas de Philip, ele sempre aparecia com um sorrisão no rosto? Aliás, li que ele era um cara bem-humorado e fazia a rainha rir bastante. Taí um ponto valioso em qualquer casamento: rir junto. No discurso de Bodas de Ouro, a rainha falou que Philip era sua força e constância nesses anos todos.

Leia outras colunas da Maga 

Bom começo

A história mostra que eles se apaixonaram, como tantos casais. Pelo jeito, foi um bom começo. Ainda não vi a série The Crown, da Netflix, que conta a vida da rainha. E acompanho por cima as notícias sobre a família real britânica. Em meio a tantas polêmicas da ala mais jovem, Elizabeth II e Philip sempre foram discretos. Também cúmplices e tolerantes um com o outro, que nem só de amor se faz um relacionamento tão duradouro. Tolerância válida com a imprensa, que registra tuuudo.

Correu o mundo uma foto da triste rainha, sentada sozinha em um banco da capela (por restrições da pandemia), velando seu príncipe consorte. Montagens foram feitas mostrando eles juntos no mesmo lugar, em outras situações. Pra quem vive um casamento de muitas décadas, é impossível não se emocionar com a cena. O que será de nós quando se perde um alicerce fundamental? Desejo paz à rainha. E a todos os casais plebeus longevos, muita saúde pra seguir vivendo nossas histórias de amor.