Somos muitos, e somos incansáveis. Devotos do cacau em todas as suas formas, sejam bem-vindos! A coluna de hoje só seria melhor se tivesse recheio de bombons, cheiro de chocolate e sujasse os dedos. Um granulado de brigadeiro por cima dos parágrafos também cairia bem. Pode saborear cada palavra como se fosse um quadradinho da sua barra preferida. Pode dividir esse texto com quem é chocólatra. Pode ler de sobremesa. Aqui ninguém julga a quantidade de chocolate ingerido.

É Páscoa, e estamos no paraíso. Desculpem dermatologistas, nutricionistas e endocrinologistas. Turma da dieta, dá um tempo. Neste final de semana, tá liberado ser feliz. Se nada nos impede de abocanhar o chocolate de todos os dias, imagina hoje. Nem as espinhas que ele faz nascer na bochecha. Muito menos as coceiras de alergia na pele. Com ou sem oferta no súper, a gente compra. E leva mais um só por garantia. Pra nós, chocolate é essencial. É calmante, prazer, companhia e distração.

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Doce

Vai dizer que o salgado não pede sempre algo doce pra contrabalançar? Adivinha que doce é esse. O verdadeiro chocólatra desconhece o equilíbrio. Coloca 3 colheres de achocolatado no leite. Devora caixa de Bis. Não nega provinha em loja de chocolate. Prefere mocaccino a cafezinho. Toma chocolate quente feito água. Prepara receitas que levam calda de chocolate. Reclama da magreza das barras atuais. Compra chocotone até quando não é Natal. E jamais discrimina o chocolate branco.  

Minhas lembranças mais antigas de chocolate são ligadas à Páscoa. Os ninhos decorados com celofane colorido. As latas que guardavam os ovos no alto da cozinha. As alergias que essa comilança me causava. Anos depois, a alegria de ver meus filhos procurando os ovos pela casa. Formar uma família de chocólatras é lindo de se ver. O cacau nos une. A doçura nos protege do amargo da vida. Que neste fíndi não falte amor e chocolate. Saboreie muito bem o momento. Que seja doce. Feliz Páscoa!