PAPO RETO
Manoel Soares e a valorização das velhas vozes
Colunista escreve no Diário Gaúcho aos sábados
Entender as mensagens da vozes velhas no nosso entorno é uma arte. Geralmente, as pessoas com mais de 80 anos gostam de nos dar presentes que nem sempre sabemos receber. O idioma dos mais velhos vem regado de uma velocidade que entedia corações imaturos, mas as imagens distorcidas das palavras escondem mapas que podem nos levar à felicidade.
As noites frias de solidão podem ficar no passado se entendermos que as pessoas de cabelos brancos nos dão o bem mais precioso da humanidade: a experiência. A juventude é uma dádiva, mas, às vezes, é uma pena que seja entregue a jovens.
Esses velhos e velhas são poços de sabedoria que sofrem com a ausência do tempo para usufruir tudo que aprenderam. Tentam viver seus sonhos de realização em nossos corpos, cujos anos à frente podem ser regados de vitórias e alegrias.
Se queremos fazer essas pessoas felizes, basta sentar ao lado delas e ouvir com atenção e, quando seus conselhos forem úteis, voltar e agradecer. Essa pandemia não somente nos rouba a convivência com essas pessoas amadas, mas nos tira as experiências que seriam compartilhadas.
Faça das vozes velhas o eco que vai guiar o futuro, pois eles veem em seus olhos o espelho de lágrimas e sorrisos perdidos. Entregar a nós suas verdades vividas é a forma que eles têm de amar.