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Epidemia

RS tem 405 municípios infestados pelo Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e febre chikungunya

Duas pessoas morreram vitimadas pela dengue no RS. Em Porto Alegre, só na última semana, foram capturadas 444 fêmeas do mosquito

20/04/2021 - 09h02min


Larissa Brito
Larissa Brito
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LUIS ROBAYO / AFP
Pandemia pode ter influenciado na disseminação do mosquito, uma vez que diminuiu a quantidade de agentes de controle

Dos 497 municípios do Estado do Rio Grande do Sul, 405 estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti, que transmite  doenças como dengue, chikungunya e zika vírus. Os dados são do último boletim epidemiológico emitido pela Secretaria Estadual da Saúde.

Nas últimas semanas, o número de confirmações de doenças transmitidas pelo mosquito deixou o Estado do Rio Grande do Sul em alerta. Além de duas mortes por dengue confirmadas, uma em Santa Cruz do Sul e outra em Erechim, também existe um surto de chikungunya em São Nicolau onde já foram confirmados 30 casos da doença.

Um dos motivos para o aumento da presença do mosquito é a sazonalidade. A circulação do inseto costuma aumentar nos meses de outubro a abril, mas este pode não ser o único motivo. De acordo com a Coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Controle do Aedes do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Estado, Carmen Gomes, a pandemia também pode ter contribuído para maior circulação do mosquito.

— Há dois anos vivemos uma pandemia e ela influencia no trabalho dos agentes de controle de endemia dos municípios. Alguns foram afastados por estarem doentes, outros municípios optaram por manter o distanciamento e tiraram as equipes das ruas e também há casos que os profissionais foram direcionados para ajudar no combate à pandemia.  

Em Porto Alegre, só na última semana, foram capturadas 444 fêmeas do Aedes aegypti, que são as transmissoras das doenças. De acordo com a vigilância sanitária, a aplicação de inseticidas só é realizada a partir da confirmação de casos de dengue ou da notificação de casos suspeitos de zika e chikungunya.

Para ajudar na eliminação do Aedes aegypti, além de acabar com locais de água parada, que é onde a fêmea do mosquito deposita seus ovos, é necessário que os recipientes sejam higienizados, já que os ovos podem ficar cerca de um ano no mesmo local e eclodir quando houver contato com a água novamente.

Na semana epidemiológica 14, que compreende o período de 4 a 10 de abril de 2021, o Rio Grande do Sul tinha a confirmação de 1.444 casos de dengue, sendo que 1.400 são autóctones.



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