Centro Histórico
Em protesto, esposas de detentos pedem retomada das visitas a presídios
Ida de familiares às casas prisionais foi suspensa devido à pandemia
Um grupo de aproximadamente 40 mulheres realizou um protesto na tarde desta segunda-feira (5), em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. O ato pede que o governo gaúcho libere a retomada das visitas a detentos em casas prisionais no Rio Grande do Sul, que foram interrompidas em função da pandemia.
O grupo soltou fogos de artifício e levou faixas com frases como "Preso tem família". A ação foi organizada pela Comissão Carcerária Guerreiras com Fé. Várias crianças também integravam o ato.
Uma das participantes foi Gilda Cristina de Oliveira. Esposa de um detento que está na Cadeia Público, ela explicou que as autoridades estão postergando os prazos para a retomada das visitas.
— São dados vários prazos. Disseram que teria que haver estudo, isso já aconteceu. Falta uma assinatura. Eu não quero que retorne só por mim, mas têm pai e mãe querendo. Tudo está voltando, por que a visita também não? — disse.
A manifestação provocou bloqueio de trânsito da Rua Duque de Caxias, perto da Rua General João Manoel. O trânsito precisou ser desviado em direção às ruas João Manoel e Riachuelo ou Andradas.
GZH entrou em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Sul, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.
Em maio, testes foram realizados com protocolos para evitar a disseminação da covid-19 em casas prisionais. Entretanto, ainda não houve a normalização das visitas.