Pois é, dei uma fugidinha. Tirei uns dias pra descansar, e sei que fui muito bem substituída aqui (obrigada, colegas). Nestas férias curtas, fiz valer cada momento de tempo livre. Fui em busca de paz e de inspiração pra coluna. Chega uma hora em que o cérebro esgotado fica andando em círculos, sem sair do lugar. Então saímos eu e meu marido. Pegamos a estrada de máscara e álcool gel, mantendo os protocolos de distanciamento. Mantendo principalmente o distanciamento da rotina e dos problemas.

As praias de Santa Catarina são lindas até fora de estação. Agora é época de baleias francas em Imbituba, e conseguimos enxergar algumas pertinho no mar. Mas eu queria mesmo observar o que está sempre ao redor (onde quer que seja) e nem se vê direito. O colorido da paisagem, os detalhes de tudo, sabe assim? Estar de férias é ter uma relação diferente com o relógio: as horas espicham, os minutos multiplicam. Dá tempo pra tudo, inclusive pra prestar atenção em quem está com a gente.

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Perfeito

Esse é o assunto de hoje: a parceria de um casal. Amor, nem se discute. É vital. Só que isso não significa necessariamente parceria. Então quando se tem as duas coisas é perfeito. Ter o mesmo amor por viajar é algo que une um casal. Em uma viagem, por mais que se planeje, tudo pode acontecer. E é aí que entra a parceria. Pra mudar os planos, recombinar, arriscar, inventar, descobrir. Quando um não quer, dois não brigam mas também não se divertem. Se for pra fazer tudo igual, fica em casa. 

Parceria é ter alguém que diz mais sim do que não. Que vem junto, que topa todas, que te faz sair da zona de conforto. Numa viagem e também na vida. Eu adoro viajar semanas antes da data, pesquisando e já me imaginando lá. O Ricardo embarca comigo: de carro, bike, barquinho, ônibus ou avião. Parceria pra tudo, como deve ser. Temos esse amor em comum, e um mapa mundi ainda pra percorrer. Quando voltamos pra casa, a gente desfaz as malas e já faz os planos pra próxima fuga.