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Com redução de ônibus devido a protesto, passageiros da Carris enfrentam atrasos nesta quinta-feira

Usuários formaram longas filas no Terminal Triângulo, na Zona Norte, no começo da manhã

02/09/2021 - 09h53min

Atualizada em: 02/09/2021 - 09h56min


Tiago Boff
Tiago Boff
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Lauro Alves / Agencia RBS

Passageiros sentem o impacto do protesto de funcionários da Carris, nesta quinta-feira (2), que limita a circulação em apenas 65% da frota da empresa. Com menos ônibus, o tempo de espera é maior para os usuários que embarcam no Terminal Triângulo, na zona norte de Porto Alegre, ponto inicial de boa parte das linhas transversais.

Às 6h15min, Vera Teresinha Silva, 59 anos, ainda não havia embarcado. Regularmente, ela pega o T7 das 5h45min, viagem que até esse horário não havia acontecido. 

— É muito ruim, eu já venho de Gravataí, acordo às 4h, e tem mais esse atraso — relatou a serviços gerais.

O atraso de meia hora nesse itinerário gerou uma imensa fila. Mais de 50 pessoas aguardavam o coletivo, que lotou quando chegou à plataforma no começo da manhã.

O público se aglomerou em pé nos corredores, e assim que o ônibus arrancou, outros 30 passageiros seguiram na parada. O haitiano Jean Dukens, 41 anos, saiu do bairro Rubem Berta para seguir até uma construção na Zona Sul. 

— Assim a gente precisa acordar ainda mais cedo — disse. 

Na primeira hora, o T1 foi o ônibus mais visto circulando pelo terminal. Já o T6, segundo Jeferson Luís Rodrigues Sabino, 46 anos, não havia chegado.

— Já avisei que vou chegar atrasado — afirmou o servidor do Hospital de Clínicas.

T4, T10, T11 e T13 também têm intervalo maior nas viagens no Terminal Triângulo.

A redução na frota levou a profissional da limpeza Deise Leal, 31 anos, a perder a primeira hora no emprego. O T11 das 7h30min passou apenas às 8h10min, quando havia mais de 30 pessoas esperando na Avenida Juca Batista, bairro Ipanema. Cinco minutos depois, outro T11 passou no local. 

— Já avisei que vou atrasar, e agora vem dois ônibus juntos — reclama. 

Esquema especial

Para tentar minimizar o impacto da manifestação dos rodoviários, a prefeitura prevê um esquema especial no transporte coletivo. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) vai monitorar a circulação.

A situação está sendo observada desde as primeiras horas da manhã. Entre as alternativas, está a liberação de linhas de lotação com passageiros em pé no veículos.

Outras medidas também serão avaliadas. As informações sobre a situação do transporte e trânsito serão divulgadas em tempo real na conta da EPTC no twitter (@eptc_poa). 


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