Ela é o menor dos problemas, mas incomoda. Fica ali, pingando noite e dia, como se não existisse algo chamado conta da água. Pede atenção, a pia. Quer ser notada, quer que a consertem. Por que demoramos tanto pra arrumar ou chamar quem arrume? Em 93,5% dos casos (num chute aproximado), é só trocar a borrachinha. Simples, né? A questão é que a pia pingando vai entrar na nossa lista de pendências a serem resolvidas algum dia. E parece que esse dia nunca chega.

Enquanto estamos tratando de tarefas mais importantes (como pagar o boleto da água, por exemplo), a maldita segue no pinga-pinga. Se pinga constante, é irritante. Também pode ser um pingar sutil e suave. Aquele pingo que cai de vez em quando, volta e meia, quando bem quer. A gente se engana, acha que parou de pingar e recomeça. Pegadinha, isso sim. Pois é, amigos, dar tempo ao tempo resolve muita coisa nessa vida. Menos essa treta doméstica. Quem vai na ferragem? Vai logo.

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Cúmplice

Peraí. Estou sendo injusta. Nem sempre a pia pinga, é só maneira de dizer. Quem pinga é a torneira. A coitada da pia tá junto e acaba cúmplice da situação. Ela até ajuda porque deixa os pingos escoarem ralo abaixo, evitando o acúmulo e o caos. Pias das cozinhas e dos banheiros, não me levem a mal. A inspiração pra essa coluna foram duas torneiras pingantes aqui em casa. Uma é a do tanque. Fica a dica: não diga mais "o tanque tá pingando!". Já sabemos de quem é a culpa. A torneira danada.

Agora se realmente for a pia que pinga, te desejo sorte. Abre o armário embaixo dela que já deve estar tudo encharcado. As toalhas de banho. Os rolos de papel higiênico. As panelas. Os temperos da cozinha. A menos que você seja uma pessoa habilidosa, pense duas vezes antes de consertar por conta e risco. Tô me entretendo aqui com frases e parágrafos enquanto espero meu salvador Gustavo chegar pra consertar as torneiras. Opa, tocou o interfone! Com licença, volto em breve.