Coluna da Maga
Magali Moraes e o Outubro Rosa
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Metade do mês já. O quanto você se convenceu da importância do Outubro Rosa? Vida corrida sempre vai ter. Bota na agenda a sua saúde. Nada é mais importante do que isso. Lembrou de fazer o autoexame e incorporar esse hábito na rotina? E a mamografia, não tá na hora? As luzes cor-de-rosa que iluminam à noite as fachadas dos prédios não servem só pra bonito. Pense nelas como imensos post-its sinalizando algo que ninguém deve esquecer: a prevenção cura o câncer de mama.
Nesse momento, tenho uma tia que terminou o tratamento e uma amiga de infância que está quase virando essa página em sua história. Leva um tempo até o coração acalmar e tudo voltar aos eixos. Sem falar em tantas mulheres que eu conheço, e que conseguiram vencer essa doença com bravura. Também com medo, incerteza, o pensamento positivo alternando com as piores ideias na cabeça, a vaidade abalada, a força que vem lá de dentro. Todas são vitoriosas e exemplos para nós.
Chances
Quanto mais cedo o câncer de mama é descoberto, maiores são as chances de cura. A radio e a quimio estão cada vez mais evoluídas, com medicamentos que ajudam a minimizar os efeitos colaterais. Mas tem algo que é fundamental, e nenhum médico precisa prescrever: uma rede de apoio. Amigas, filhas, irmãs, mães, cunhadas, tias, primas, sobrinhas, vizinhas, colegas. Mulheres que se fortalecem. É a parte do tratamento feita de presença, atenção, parceria, conforto, ajuda, respeito e amor.
Quem está nessa rede de apoio sente junto o pavor do diagnóstico, a angústia de esperar o resultado de um exame que decidirá tudo, a falta de sensibilidade de alguns médicos, a dor física e emocional. Um dia, tudo cicatriza. Até lá, oferecemos energia, ombro amigo e um espaço gigante no coração. Pra todas as mulheres que estão enfrentando o câncer de mama (de cabeça erguida ou não), fica aqui o meu imenso carinho. Vocês são mais fortes do que imaginam. Estamos por perto, por vocês.