Coluna da Maga
Magali Moraes: saúde para o CETE
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Se um dia eu me mudar do bairro Menino Deus, aqui em Porto Alegre, uma das coisas que mais vou sentir falta é o CETE - Centro Estadual de Treinamento Esportivo. Somos vizinhos há 15 anos, mas nem sempre estivemos juntos. Nas fases mais loucas de trabalho, eu mal o enxergava em frente à janela. E ele ali, me convidando a baixar a ansiedade. Já nos períodos mais saudáveis da minha vida, o CETE encaixava direitinho na rotina. Como agora. Estamos nos vendo quase todos os dias.
Pensa num lugar que inspira saúde. Onde o pessoal das redondezas e de outros bairros vem caminhar ou correr em variadas velocidades e necessidades. Os grupos de corrida também são frequentadores. E onde os treinamentos e eventos esportivos do Estado acontecem. É por isso que eu desejo o mesmo para o CETE: vida longa. Ele fechou com a pandemia e reabriu com horário reduzido. Podia voltar a abrir às 7 da matina e fechar os portões tarde da noite, hein, Secretaria do Esporte e do Lazer?
Rachaduras
Tem outro ponto. O CETE tá precisando ficar saudável. Na pista interna, o piso antiderrapante está desgastado e com muitas rachaduras. Na pista externa, que é de cimento, a situação é pior. Cheia de desníveis e buracos. O verde brota nas frestas do concreto. Seria poético, se não fosse perigoso. Muitos idosos caminham lá. E ninguém tá livre de torcer o pé. A grama também está alta. Vi que estão pintando as barras de alongamento. Alguma manutenção existe, mas a passos lentos.
Se eu tocar aquele sino que tem lá dentro, será que chama atenção? As regras estão fixadas nas paredes (que pedem tinta). Num canto, galhos de árvore esperam remoção. O relógio digital nunca mais voltou. Pelo menos, os frequentadores seguem firmes. Ganhando fôlego, fortalecendo pernas e coração, inspirando e expirando, recebendo sol e vitamina D. Quando a gente não quer ver o descuido, olha pra cima. E enxerga a revoada de caturritas verdes nas árvores. Te cuida, CETE.