Papo Reto
Manoel Soares: "E se hoje fosse seu último dia de vida?"
Colunista escreve para o Diário Gaúcho aos sábados
Se hoje fosse seu último dia de vida, para quem você ligaria? Quem mereceria seu perdão? Quem mereceria ouvir seu pedido de perdão? Se hoje fosse seu último dia de vida, você pareceria mais com a foto da sua rede social ou com seu próprio espelho?
Se hoje fosse seu último dia de vida, as pessoas que te amam sentiriam orgulho de você? Você conseguiria tirar um sorriso de uma criança que te viu pela primeira vez? Você diria que honrou todas as pessoas que lhe amaram? Você ensinou todas as lições que aprendeu? Você foi uma pessoa que os demais gostariam de ter por perto? Se hoje fosse seu último dia de vida, você teria sido uma pessoa boa?
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Essas perguntas não têm uma resposta certa ou errada. Tem a sua avaliação. A sua maneira de ver e concluir tudo que você se tornou e construiu. Nesse último dia de vida de 2021, eu proponho fazermos essa análise: tentarmos entender de que material somos feitos. Se nas nossas veias correm amor, felicidade, tristeza, rancor ou esperança. Não adianta esperarmos que o ano de 2022 seja um ano bom, se nós não nos esforçarmos para ser cada vez melhor. A vida não vai bater mais fraco, as pessoas não serão mais gentis. Ninguém vai trazer dinheiro na sua porta. Nem todo mundo vai se solidarizar com a sua dor. Mas a questão não é como as pessoas te tratam ou o que acontece com você, a questão é como você reage.
Em 2022, quando a tempestade cair, eu espero que você tenha maturidade para fechar a janela e não deixar o quarto molhar e que tenha bondade suficiente para abrir a porta e receber quem está na chuva. Eu não espero que 2022 seja um ano melhor. Eu espero que eu e você em 2022 sejamos pessoas melhores. O mundo se cria a partir de onde os pés pisam. Espero que você pise lugares alegres e reproduza alegrias. Feliz Ano-Novo!