Na série documental da Netflix Neymar: o Caos Perfeito, entre cifras milionárias, parças, jogos de futebol e depoimentos sobre o menino Ney, teve uma cena que me fez pensar um tanto. O filho de Neymar, Davi Lucca, pediu um patinete ao pai, que resolveu fazer uma pegadinha com o filho. 

A trolagem, que teve a colaboração da mãe do garoto, consistia em dar de presente a ele uma caixa no formato que lembrava o do patinete, mas cheia de livros. A decepção do guri ao ganhar os livros foi evidente: “Sério pai, cê errou feio”. Até que percebeu a brincadeira e soltou um aliviado “Foi zoeira”. 

Confira outras colunas Direto da Redação

Para Neymar, um menino de periferia que nasceu com um dom acima da média para o esporte, e encontrou desde muito pequeno um caminho que o levou ao cenário do futebol internacional, um livro pode até parecer zoeira mesmo. Mas Neymar é um em um milhão. Tem muito menino que sonha em ser jogador de futebol, crescer e viver rodeado de carrões, morando em uma mansão. Só que o destino é um verdadeiro funil, e são pouquíssimos que vão chegar a esta condição.

Então, acaba que os livros podem ser a chave de um futuro – talvez não tão milionário como o de Neymar, mas para uma profissão honesta e uma vida confortável. E é um papel da família também incentivar nos filhos o estudo, a disciplina na escola, o respeito aos professores. Fazer um esforço para participar da vida escolar das crianças e dos adolescentes. Mesmo quem não teve a oportunidade de estudar na vida, e são muitas as pessoas nesta condição, pode passar um recado diferente aos seus filhos, mostrando que a escola é o ponto de partida para um amanhã melhor. 

As aulas nas escolas públicas começam na semana que vem. Faça a sua parte: incentive uma criança ou um adolescente a estudar – tem muito jovem por aí que largou a escola durante a pandemia – e, por que não, a transformar o seu mundo.